Coluna: Poilítica & Políticos – Lula cancela visita a Joinville

Lula da Silva (PT) cumpriria agenda eleitoral em Joinville amanhã (19). A agenda foi cancelada ontem à tarde. Na comitiva viriam também o vice, Geraldo Alckmin (PSB), e a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). No maior colégio eleitoral do Estado, Jair Bolsonaro (PL) fez 239.105 votos (68,98%), contra 74.282 votos dados ao ex-presidente (21,43%). Também em Joinville, o compadre (de Lula) Décio Lima (PT) fez 45.358 votos (14,03%) contra 151.072 votos (46,73%) conquistados por Jorginho Mello (PL).

Dilma e a BR-280

Remember. Em maio de 2008, quando ainda ministra chefe da Casa Civil no segundo mandato de Lula da Silva, Dilma Rousseff esteve em Joinville. Anunciando edital para duplicação da BR-280, entre São Francisco do Sul e Jaraguá do Sul para outubro, o que não aconteceu. Só depois de assumir a presidência da República, em 2011, Rousseff assinou a ordem de serviço. O investimento previsto era de quase R$ 1 bilhão, em obra com 31 viadutos, quatro pontes e dois túneis. Aliás, a BR-470, para ela era “uma questão de honra”. E o resto da história das duas rodovias todo mundo já sabe.

ELEIÇÕES

*João Amoêdo, ex-presidente do partido Novo e candidato a presidente em 2018 (fez 2,6 milhões de votos), “lulou”. Vai votar em Lula da Silva (PT) neste segundo turno. Por isso, mereceu nota de repúdio do atual presidente do partido, Eduardo Ribeiro, e de outras lideranças do Novo.

*“Vergonhosa, constrangedora e incoerente a declaração de voto de João Amoêdo em Lula. O PT e o Lula representam tudo o que o nosso partido sempre combateu”, escreveu Ribeiro em redes sociais”. Em Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), vai de Jair Bolsonaro neste segundo turno.

* Mas o vice, Paulo Brandt, que deixou o partido rompido com Zema, migrando para o PSDB, vai de Lula. Com votação pífia país afora em 2 de outubro, o que inclui Santa Catarina, o Novo vem perdendo filiados, gradativamente. Eram 48,4 mil em 2019. Atualmente, são 32,3 mil.

*Emenda do deputado Bruno Souza (Novo), que obrigava a inclusão dos recursos previstos no Plano 1000 (mil reais por habitante) no orçamento do Estado para 2023, foi rejeitada pela base governista na Assembleia Legislativa.

*Agora, resta saber se o eleito em 30 de outubro- Jorginho Mello (PL) ou Décio Lima (PT) – vai manter a proposta que destina recursos para obras estruturantes nos municípios. Principalmente de mobilidade. O que o fez receber, num primeiro momento, apoio à reeleição de dezenas de prefeitos do MDB, PP, PL, PSD…

* No MDB, passada (?) a ressaca de 2 de outubro, ninguém se apresentou, ainda, para juntar os cacos. Em toda a região Norte/Nordeste (24 municípios) o partido elegeu só dois deputados estaduais: Fernando Krelling (reeleito) em Joinville e Antídio Lunelli (Jaraguá do Sul). O que, convenhamos, é nada para um partido com 96 prefeitos e 800 vereadores.

*Prefeitura de Pomerode suspendeu o licenciamento para novas publicidades externas (outdoors). Vai para a Câmara de Vereadores projeto de lei do prefeito Ércio Krieck, discutido com entidades empresariais visando “controlar a poluição visual” na cidade mais alemã do Brasil.

*Esse tipo de publicidade em Pomerode, rota turística do Sul o ano todo, será permitido em tamanho máximo de 7 metros quadrados, contra os atuais 27 metros quadrados. E no máximo de 1,2m2 para identificação de lojas, porém colocado rente à parede. Mas, antes de tudo ser colocado em prática, haverá obrigatória audiência pública.

Inferno astral de Moisés

Derrotado em primeiro turno, o governador Carlos Moisés (Republicanos) não terá sossego por um bom tempo. Além dos dois pedidos de impeachment, dos quais se livrou graças a deputados do MDB e PP, agora uma nova pendenga judicial foi parar no Supremo Tribunal Federal. Encaminhada pelo procurador-geral da República, Augusto Aras.

Moisés terá de explicar duas leis que sancionou em 2021. Uma delas reembolsando despesas pelo uso de veículo próprio aos procuradores do Estado, auditores fiscais da receita estadual e auditores internos do poder Executivo estadual. A outra promovendo 115 contadores e analistas à função de auditores fiscais da Secretaria da Fazenda, sem concurso público.