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Coluna: Política & Políticos – Jorginho comemora

Fique por dentro dos principais acontecimentos da política catarinense

01/11/2022

Um estado bolsonarista

Pelo voto da maioria dos eleitores, Santa Catarina manteve o rótulo de estado mais bolsonarista do país.  Neste segundo turno, o presidente Jair Bolsonaro (PL) levou daqui 3.047.630 de votos (69,27%) contra 1.351.918 de votos (30,73%) de Lula da Silva. No primeiro turno, Bolsonaro também levou a melhor, com 62,21% dos votos válidos, Lula teve 29,54%. A diferença cresceu 7% no segundo turno. Historicamente, outro fato se repetiu: desde a eleição de Fernando Collor de Mello, em 1989 (contra Lula da Silva), quem perdeu o primeiro turno perdeu no segundo também.

Uma votação histórica

O senador Jorginho Mello (PL) andou perto dos três milhões de votos. Fez exatos 2.983.949 milhões de votos (70,69%). Votação histórica, a maior para governador de SC. No primeiro turno Mello obteve 1.575.912. Seu oponente, Décio Lima (PT) faturou Décio Lima, do PT, obteve 1.237.016 dos votos (29,31%); no primeiro turno, 710.859 mil votos. Agora, a diferença entre os dois foi de 1.746.933 de votos a favor de Mello.

O desperdício de votos

O que assusta é a soma de votos nulos (141.361 mil), brancos (165.455 mil) e abstenções com 956.558 votos desperdiçados. Que, somados, representam 1.263.374 milhão de votos (mais que a votação de Lima). Comparando, Jorge Seif (PL), eleito senador em 2 de outubro, fez 1.484.110 de votos. A soma também reflete a votação de 11 dos 16 deputados federais catarinenses eleitos no primeiro turno. E de 22 dos 40 deputados estaduais que assumem em 2023.

 

 

*Advogado e bancário, Jorginho Mello (PL), 66 anos, exibe uma vitoriosa carreira na disputa de cargos eletivos. Foi vereador em Herval D’Oeste (1976/1980), deputado estadual (1995/2011), deputado federal (2011/2019) e senador da República (2018/2022). Com sua eleição para governador, deixa a cadeira no Senado pelos próximos quatro anos para a primeira suplente Ivete Appel da Silveira (MDB), viúva do também ex-senador Luiz Henrique da Silveira (MDB).

*Como já escrevemos aqui no primeiro turno, Décio Lima (PT), com performance histórica na disputa pelo governo do Estado, é nome cotado para assumir um ministério no governo do compadre Lula da Silva (PT). Provavelmente a Secretaria Nacional da Pesca, ocupada até abril passado pelo senador eleito Jorge Seif (PL).

*Santa Catarina já teve três ministros da Pesca do PT em governos de Lula da Silva e Dilma Rousseff: José Fritsch (professor, ex-prefeito de Chapecó e ex-deputado federal); André Gregolin, um veterinário de Coronel Freitas (Oeste) e a ex-senadora e professora Ideli Salvatti. Nenhum deles tinha qualquer familiaridade com o setor. Como Décio também não tem.

*Ao mesmo tempo em que fala sobre adotar uma política fiscal responsável (o que ainda não detalhou), Lula da Silva (PT) anuncia a criação de cinco novos ministérios: Cultura, Mulher, Igualdade Racial, Povos Originários e Segurança Pública, nesse caso a recriação. E um novo Bolsa Família, mantendo os R$ 600,00 pagos hoje e mais R$ 150,00 par cada criança de até seis anos de idade.

*Na segunda tentativa (a primeira em 2018) a enfermeira, mulher de Lima e ex-deputada estadual, Ana Paula de Souza Lima, conseguiu se eleger para a Câmara dos Deputados. Fez 148.781 votos. E promete buscar em Brasília soluções rápidas para obras impactantes como a duplicação das rodovias BR-470 (não citou a 280), entre outras. Afinal, já que é madrinha da primeira bisneta da Lula da Silva (PT) tem muita intimidade com o agora presidente eleito.

* Também em segundo turno, 12 governadores foram eleitos no domingo (30): Paulo Dantas (MDB/Alagoas), Wilson Lima (União/Amazonas), Jerônimo Rodrigues (PT/Bahia), Renato Casagrande (PSB/Espírito Santo), Eduardo Reidel (PSDB/Mato Grosso do Sul), João Azevêdo (PSB/Paraíba).

*E, mais: Raquel Lyra (PSDB/Pernambuco), Eduardo Leite (PSDB/Rio Grande do Sul), Coronel Marcos Rocha (União Brasil/Rondônia), Jorginho Mello (PL/Santa Catarina), Tarcísio de Freitas (Republicanos/São Paulo) e Fábio Mitidieri (PSD/Sergipe).

 

O salário “digno”

Talvez a promessa mais impactante proferida pelo presidente eleito Lula da Silva (PT) e no que acreditaram 60.345.999 de eleitores, seja a de estabelecer um “salário mínimo digno”, com reajuste acima da inflação. Salário que, diga-se, jamais foi digno desde a sua criação, em 1º de maio de 1940 – não confundir com a queda do poder de compra ao longo de décadas ao sabor de muitas desvalorizações da moeda nacional.

 

Quanto, em espécie?

Santa Catarina já tem salário mínimo regional diferenciado, maior que o nacional. E o que seria, afinal, um salário “digno”- em espécie- capaz de restabelecer o poder de compra? Para 2023, o valor do mínimo já está estabelecido em R$ 1.302,00. Lula ainda não explicou como fazer para evitar desemprego, mais informalidade e inflação. Sem contar o impacto nas aposentadorias já que mais de 30 milhões de aposentados recebem o mínimo.

 

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