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Coluna: Política & Políticos – Jorginho Mello na Facisc

Celso Machado comenta os principais acontecimentos da política catarinense

10/01/2023

Obras do “Voz Única”

Talvez- e seria pela primeira vez- um governador vai dar, de fato, alguma atenção àquele documento denominado de “Voz Única”, produzido pela Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina com as principais pendências de cada região. Se não realizando obras pleiteadas de responsabilidade do Estado, mas ao menos pressionando politicamente a área federal para que projetos saiam do papel. Ou que obras impactantes tenham a velocidade desejada.  Um primeiro passo neste sentido já foi dado. Governador Jorginho Mello (PL) e o presidente da Facisc, Sérgio Rodrigues Alves, começaram a conversar.

O trem e a 280

Aqui na região Norte, por exemplo, o contorno ferroviário, que livrará os centros urbanos de São Francisco do Sul, Joinville, Guaramirim e Jaraguá do Sul da passagem de trens cargueiros da Rumo/AL é uma destas pendências. Protocolado desde o ano 2000 no então Ministério dos Transportes, o projeto de desvio dos trilhos em solo jaraguaense foi feito pela empresa Prosul. Mas nunca saiu do papel. A duplicação da BR-280 e a construção de uma rodovia paralela à BR-101, entre Garuva e Florianópolis também fazem parte do “Voz Única” do Norte catarinense.

CURTAS

*Presidente Lula convidou govenadores de estados para uma reunião hoje (9) em Brasília com tema único: o quebra-quebra de domingo (7) no Distrito Federal- condenável sob todos os aspectos, diga-se. Jorginho Mello (PL), via assessoria, informou que não vai.  Mas, na reunião já agendada pelo próprio Lula para 27 de janeiro, ele vai. Neste dia, sim, para defender recursos para SC e não só para ouvir chorumelas ou a lengalenga dos discursos ideológicos.

*Mas, a pergunta é: como o governo Lula da Silva (PT) vai tratar Santa Catarina, o estado mais bolsonarista do Brasil em duas eleições presidenciais consecutivas? É de se esperar que, visto o PT ter chegado ao segundo turno com Décio Lima, compadre de Lula e já de olho na majoritária de 2026, não seja pior que os últimos quatro anos.

*Aliás, a bancada do PT na Assembleia Legislativa, com quatro deputados (Luciane Carminatti, Fabiano da Luz, Neodi Saretta e Padre Pedro Baldissera) já vive a expectativa de uma reaproximação do Estado com o governo de Lula da Silva (PT), como ocorreu na gestão Raimundo Colombo/Dilma Rousseff. Politicamente, com investimentos federais relevantes, uma mão na roda para 2026.

*Secretaria de Segurança ainda não tinha (até ontem) titular definido. A pasta foi extinta no governo de Carlos Moisés (Republicanos) e substituída pelo Conselho Estadual de Segurança Pública e Defesa Social integrado pelas forças policiais, bombeiros militares. Defesa Civil e administração prisional.

*Nos governos de Vilson Pedro Kleinübing, Esperidião Amin e Raimundo Colombo a SSP foi comandada por promotores de Justiça. No governo de Colombo, César Augusto Grubba, de Jaraguá do Sul. A preferência de Jorginho é a vice-governadora Marilisa Boehn (PL), que já foi delegada regional de Joinville. Ela já disse que não quer outro cargo que não a vice-governança. Mas…

*A primeira viagem de Jorginho Mello (PL) como governador contemplou municípios como Herval D’Oeste e Joaçaba. Não é para menos. Foi a partir daquela região do oeste catarinense que ele construiu sua carreira política, de vereador a senador sem perder uma eleição sequer. Superando, inclusive, Luiz Henrique da Silveira (MDB) que amargou derrotas nas urnas.

 

MAURO DE NADAL

Presidente?

Eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa será dia 1º de fevereiro. Se mantido o quadro atual, pode reconduzir o deputado Mauro de Nadal (MDB) à presidência do Legislativo, cargo que ocupou em 2021. Nadal tem, por enquanto, 26 votos dos 40 possíveis. E, nos bastidores, apoio incondicional de Júlio Garcia (PSD). Não por acaso, Garcia já presidiu a Casa por três vezes. Um cargo que Jorginho Mello (PL) também já ocupou. Ele próprio não descarta acordo para que Garcia, em nome da tal “governabilidade”, presida a Alesc pela quarta vez.

Secretário?

Ou, então, se concretizada a negociação em andamento, garantir a ele (Nadal) e ao partido (MDB) a Secretaria da Infraestrutura com seus R$ 2,5 bilhões de orçamento para 2023. Como Mello se elegeu prometendo tocar obras viárias, é uma campanha de senador se o titular souber conduzir bem os projetos. Por isso mesmo, Neuri Mantelli, vereador de Chapecó e professor ACT, é o secretário interino. A Secretaria do Desenvolvimento Econômico também entra no negócio, com o PP (ainda apoiado por Mello à presidência) indicando o titular.

 

 

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