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Coluna: Política & Políticos – Mais 13 ministérios

Fique por dentro dos principais acontecimentos da política catarinense

03/11/2022

Se for mantida a promessa de campanha, o cabide de empregos no governo de Luís Inácio Lula da Silva (PT) terá mais 13 novos ministérios, ficando bem maior que a estrutura atual para poder abrigar todos os partidos políticos aliados. O atual Ministério da Economia será desmembrado em quatro: Fazenda, Planejamento, Indústria e Pequena e Média Empresa. Já o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos dará lugar aos ministérios da Igualdade Racial, Direitos Humanos e Mulher.

 

E, mais

Desenvolvimento Agrário (atual Agricultura), Cultura (hoje incluindo Turismo), Previdência, do Trabalho, atualmente reunidos em uma única pasta, Povos Originários, Pesca (hoje secretaria subordinada à pasta da Agricultura), Segurança Pública, Justiça, hoje um só, incluindo Povos Originários que ganha status de ministério. Vale dizer que cada ministério tem, em média, entre três mil e 10 mil servidores burocráticos, apenas.

 

De 20 para 34

Somados aos existentes, e que serão mantidos- Casa Civil, Economia, Agricultura, Meio Ambiente, Direitos Humanos, Ciência, Tecnologia e Comunicação, Relações Exteriores, Defesa, Cidadania, Educação, Saúde, Justiça e Segurança Pública, Turismo, Infraestrutura, Desenvolvimento Regional, Transparência e Minas e Energia, Secretaria Geral da Presidência da República e Secretaria de Governo, serão 34 ministérios contra os 20 atuais.

 

CURTAS

*Sujeito ao teto de gastos que o presidente eleito Lula da Silva (PT) quer revogar, até porque a máquina púbica deve retroagir aos moldes de governos passados recentes, com 34 ministérios, o orçamento da União para 2023, já encaminhado ao Congresso Nacional, prevê receitas e despesas da ordem de R$ 1,722 trilhão.

 

*Só para a Câmara dos Deputados, com 513 parlamentares, e o Senado, com 81 cadeiras, serão R$ 15,5 bilhões. Incluídos os cerca de 16 mil servidores lotados nas duas Casas. E mais R$ 53,5 bilhões para o Judiciário, R$ 8,2 bilhões para o Ministério Público e R$ 677 milhões para a Defensoria Pública da União.

 

*Deputados federais, senadores e a quase maioria dos deputados estaduais de SC, mesmo aqueles ideologicamente defensores do bolsonarismo, seguem mudos quanto ao desastre econômico causado pelo bloqueio de rodovias no Estado. Exceção de Ivan Naatz, Jorge Goetten e o governador eleito, Jorginho Mello, condenando publicamente o movimento.

 

*Macrorregiões do Oeste/Extremo Oeste e do Vale de Itajaí/Foz do Itajaí somam, juntas, uma representação de 18 deputados estaduais a partir de 2023. Depois aparecem o Sul, com oito deputados, a Grande Florianópolis, com sete e o Planalto Serrano com três representantes.

 

*Já o Norte catarinense terá cinco representantes: Vicente Caropreso (PSDB) e Antidio Lunelli (MDB), ambos de Jaraguá do Sul e Fernando Krelling (MDB), Sargento Lima (PL) e Matheus Cadorin (Novo), todos de Joinville. Caropreso vai para o terceiro mandato, Kreliing e Lima para o segundo. Os demais são novatos na Assembleia.

 

* Em 1º de fevereiro, quando começar a nova legislatura, a deputada Ana Campagnolo (PL) seguirá como a mais jovem, com 32 anos. Já o mais idoso será Julio Garcia (PSD), com 72 anos. Atualmente, o mais velho é Moacir Sopelsa (MDB), 76 anos.

 

* Mapa da Inadimplência e Negociação de Dívidas, que o Serasa divulgou na segunda-feira (31) aponta que a inadimplência média em Santa Catarina, de 2.047.602 pessoas é de R$ 5.908,38 per capita. Por isso, até 5 de dezembro, é possível renegociar.

 

Presidência negociada

Para não criar um fato político que o prejudique no relacionamento com a Assembleia Legislativa, Jorginho Mello, sinaliza que o PL, mesmo elegendo 11 dos 40 deputados estaduais, abre mão da presidência da Casa em 2023. Porém, não é consenso na nova bancada do partido. MDB e PP articulam uma frente com 25 deputados. Não exatamente de oposição, mas com imenso poder de barganha. Inclusive para pleitear o comando da Alesc.

 

Cirurgias pelo SUS

Mello vai precisar da maioria da Assembleia para viabilizar duas promessas de campanha no curto prazo: Santa Catarina tem 130 mil pessoas- hoje, 4 de novembro, porque a fila cresce a cada hora- à espera de cirurgias pelo SUS. O governador eleito já afirmou e reafirmou que essa será a prioridade número um a partir de 1º de janeiro, quando assumirá o Executivo.

 

Universidade gratuita

Outra promessa que Mello terá de tirar do papel no curto prazo é a gratuidade para alunos de universidades sediadas no Estado. O governador eleito ainda não disse de onde virá o dinheiro e nem se o pacote inclui instituições de ensino federais e nem quanto isso vai custar para o contribuinte. Outra promessa é manter recursos orçamentários para os municípios através do Pano 1000, criado por Carlos Moisés (Republicanos).

 

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Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

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