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Coluna: Política & Políticos – O transporte integrado

Celso Machado comenta os principais acontecimentos da política catarinense

18/07/2023

Sem alardes, como é de seu costume, o prefeito Jair Franzner (MDB) vai tirando do papel o projeto do transporte público integrado de passageiros entre bairros e que já funciona há anos em cidades próximas, como Joinville e Blumenau. É uma proposta que, em 2011, no governo de Cecília Konell, gerou muito bate-boca e quase terminou em confronto físico em frente ao ginásio de esportes Arthur Müller. Porque se pretendia derrubar o imóvel construído pelo Estado e inaugurado em março de 1977, para ali ser edificado o novo terminal central.

 

Garibaldi e Barra

O primeiro (foto) dos terminais previstos está ativo desde abril, no Garibaldi. O próximo é o da Barra do Rio Cerro, já em fase de licitação, ambos com acessos para motocicletas, bicicletas, banheiros e guarda-volumes para passageiros das linhas alimentadoras (ônibus que circulam pelos bairros até os terminais locais), que queiram usar o ônibus para chegar ao seu destino no percurso até o Centro. Afinal, mobilidade não se resume a veículos motorizados. Quem não tem um também precisa se mover. Ponto para o prefeito.

 

CURTAS

*Em eleição indireta, a Câmara de Tubarão, com 15 vereadores, vai eleger o novo prefeito e vice no dia 7 de agosto, com mandato até dezembro de 2024. Gelson Bento (PP), vereador e atual prefeito interino, Jairo Cascaes (PSD), vereador, e José Tancredo (MDB), de oposição, são três candidatos cotados.  Tancredo terá o apoio de Jorginho Mello (PL).

*Eleitos em 2020, Joares Ponticelli (PP) e Caio Tokarski  (União Brasil) renunciaram ao mandato, réus que são em denúncias por crimes de corrupção em contratos de coleta e transporte de lixo. Ponticelli saiu da cadeia e usa tornozeleira eletrônica. Tokarski, não. A eleição é indireta porque já se passou metade do mandato, que começou em janeiro de 2021.

*De novo comenta-se que Michele Bolsonaro, presidente nacional do PL Mulher, pode fixar residência em Santa Catarina. Mulher do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ela seria nome para disputar uma das duas vagas para o Senado em 2026, motivo de conversa na recente estada em Brasília do governador Jorginho Mello (PL), amigo íntimo da família.

*Rafael Pezenti (MDB), deputado federal e herdeiro do espólio político de Rogério Peninha Mendonça (MDB), de quem foi assessor pessoal por muitos anos, é autor de requerimento endereçado ao Tribunal Superior Eleitoral para que o cálculo do número de deputados (federais) de cada estado seja atualizado visto o último Censo do IBGE.

*Pezente propõe, em projeto de lei complementar, para que, a partir de 2027, o número de parlamentares de cada estado seja ajustado automaticamente no ano anterior à eleição. Como o número de habitantes é o critério para se definir o tamanho da representação em Brasília, calcula-se que Santa Catarina pode ter mais quatro federais. Dos atuais 16 para 20.

*“Santa Catarina vai elevar a régua da educação, gerando emprego qualificado, renda e servindo de exemplo para o país”. O comentário é do governador Jorginho Mello (PL) depois que o secretário da Educação, Aristides Cimadon, avaliou como “muito ruim” o ensino médio em escolas públicas de SC. O “ruim” inclui, segundo Cimadon, professores e as estruturas das escolas.

 

Escolas militares

Na contramão de Lula da Silva (PT) em pôr fim à parceria dos Ministérios da Defesa e Educação com escolas cívico-militares, Jorginho Mello (PL) decidiu manter as nove unidades de SC com recursos próprios do Estado. E, mais, agora anuncia-se que, em parceria com a Polícia Militar catarinense, o governo apoiará a criação de mais seis escolas, mas exclusivamente no modelo militar e administradas pela PM. Já há cinco delas em operação em Florianópolis, Joinville, Blumenau, Lages e Laguna.  Lula disse que esse não é o papel das Forças Armadas e que não cabe ao Ministério da Educação cuidar de escolas cívico-militares. Nada a estranhar vindo de quem, mesmo depois adulto e sem muita ocupação, nunca quis estudar.

 

VIA BRASIL

*Vencedor da 5ª edição do Big Brother Brasil (2005), aquele programa de sacanagem que a Globo chama de reality show e que o projetou para a política, o baiano e ex-deputado federal pelo Rio de Janeiro, Jean Willys (PT) voltou ao Brasil depois de um exílio voluntário de quatro anos na Europa. E, claro, bem longe de Cuba, Venezuela, Equador, Guatemala, Nicarágua, Bolívia…

*O ex-deputado federal foi para a Europa em 2019 (renunciando a um terceiro mandato), dizendo-se ameaçado de morte após a eleição de Jair Bolsonaro (PL). Agora, por imposição de Janja, mulher de Lula, o presidente vai nomear Jean para um cargo de assessor na Secretaria de Comunicação do governo.

*A descoberta de um foco de gripe aviária em Maracajá, no Sul catarinense, levou o governo do Japão a suspender a importação de carne de frango e derivados. Mas trata-se de um caso isolado em ave de fundo de quintal. Nessa quarta-feira (19) o governador Jorginho Mello (PL) recebe o embaixador do Japão para tentar contornar a situação.

Do senador Esperidião Amin (PP) obre a declaração do ministro Barroso: “nós derrotamos o bolsonarismo”: “Leio que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/RO), pediu a retratação do ministro Barroso. Isso não está previsto em lei. A lei prevê outra coisa, o impeachment!”.

 

“Picaretagem grossa”

Autor de proposta na campanha presidencial de 2022 para que milhões de brasileiros pudessem sair do buraco, Ciro Gomes (PDT) não deixou por menos ao criticar o programa “Desenrola Brasil”, que começou na segunda-feira (17). “Isso cheira a picaretagem grossa”, atacou Ciro. Porque, segundo ele, são juros tabelados de quase 27% ao ano para o valor renegociado.  “Só é bom para os bancos”. Ciro projeta a dívida média de cada brasileiro em 4.200,00, porém afirma que 80% disso é juro sobre juro, multa e outras taxas. Sem isso, cairia para R$ 1.400,00 (em média) com um desconto de quase 70%. E pago, segundo a proposta do pedetista, em 36 parcelas com linhas de financiamento dos bancos públicos a R$ 40,00/mês.

 

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Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

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