Coluna: Política & Políticos – Tudo resolvido?

A considerar como corretas as pesquisas eleitorais de vários institutos publicadas nos últimos 30 dias, Jair Bolsonaro (PL) sai de Santa Catarina, de novo, com extraordinária votação. E Jorginho Mello (PL), seu fiel escudeiro, se elege governador do Estado. Nos dez maiores colégios eleitorais catarinenses- Joinville, Florianópolis, Blumenau, São José, Chapecó, Itajaí, Criciúma, Palhoça, Lages, Jaraguá do Sul e Balneário Camboriú, Bolsonaro levou 1.089.759 milhão de votos contra 529.305mil de Lula.

De lavada

Nestes 10 principais colégios eleitorais, na disputa pelo governo do Estado, o senador Jorginho Mello (PL), totalizou 643.326 mil votos contra 310.887 mil votos de Décio Lima. Neste contexto, Jorginho Mello só perdeu para o candidato petista em Florianópolis (diferença de sete mil votos), que concentra grande parte dos servidores públicos estaduais. Já o presidente Jair Bolsonaro venceu em todos estes municípios com muita folga.

ELEIÇÕES

*Jorginho Mello (PL) ainda não é o governador, terá de confirmar a vantagem de 2 de outubro nas urnas de domingo (30). Mesmo assim, é certo que o PL, com 11 deputados estaduais eleitos, não deve disputar a presidência da Assembleia Legislativa.

 * É estratégico, pelo bem da governança. A cadeira seria destinada a “bem votados” de outros partidos. E, nessa ralação, já aparece o nome de Antidio Lunelli (MDB), que depois da rasteira que o partido lhe deu como pré-candidato a governador, passou a apoiar Jorginho Mello (PL).

*O vereador Jefferson Cardoso (PL), eleito em 2020, poderá ser o terceiro deputado estadual por Jaraguá do Sul em 2023. Nas urnas de 2 de outubro levou 17.934 votos, é o primeiro suplente do partido e torce para que Jorginho Mello (PL), eleito governador, convoque um dos 11 eleitos pelo PL para alguma secretaria ou outro cargo de primeiro escalão.

*Não reeleita, a deputado federal Geovânia de Sá (PSDB) também vive a expectativa da convocação de secretários estaduais por Jorginho Mello (PL), se eleito governador. E que teve apoio dos tucanos. Mas é preciso que Carmem Zanotto (Cidadania), reeleita deputada federal, assuma a Secretaria da Saúde.

*PTB e Patriotas aprovaram a fusão dos dois partidos, gerando o “Mais Brasil 25”, nos mesmo moldes da criação do União Brasil, fruto de uma fusão entre o DEM e o PSL. No plano nacional, o PTB elegeu apenas um deputado federal. Em Santa Catarina, nem estadual.  Nesse caso, perdeu a única cadeira, ocupada por Kennedy Nunes, que concorreu ao Senado.

*Recém-criado, o União Brasil, formando a maior bancada do Congresso, foi um vexame nas urnas de 2 de outubro. E o PP não foi diferente. Agora, lideranças dos dois partidos conversam sobre uma fusão, que daria ao novo partido uma bancada com mais de 100 parlamentares na próxima legislatura.

As pesquisas eleitorais

Em regime de urgência, com 295 votos favoráveis e 120 votos contrários, a Câmara dos Deputados aprovou requerimento a análise do Projeto de Lei 96/11, do deputado Rubens Bueno (Cidadania-PR), que amplia multas a institutos de pesquisa e altera o conceito de pesquisa fraudulenta. A urgência permite que a proposta seja incluída na ordem do dia do plenário, mas o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), adiantou que será votada uma outra proposta sobre regulamentação das pesquisas eleitorais e que esse novo texto será alvo de uma ampla rodada de negociações com os líderes de todos os partidos.

 Ainda não

“Agradeço e fico honrado pelo convite do Deputado Ivan Naatz, mas nesse momento estou focado em defender a família, a liberdade, a economia liberal, a vida e nossos valores. E para isso vamos trabalhar para reeleger Bolsonaro presidente e Jorginho Mello governador”. O discurso é do prefeito de Blumenau, Mario Hildebrandt (Podemos), sobre convite do deputado reeleito Ivan Naatz, para se filiar ao PL.

Deplorável

Raul Sartori ( www.raulsartori.com.br) escreveu:

“Quase 5 mil profissionais de comunicação, entre repórteres, assessores de imprensa, professores de jornalismo e fotógrafos, alguns de Santa Catarina, assinam uma petição online em “apoio à democracia, ao TSE e à chapa Lula-Alckmin”. Se fosse de apoio a Bolsonaro seria igualmente deplorável. Que isenção tem estes profissionais no seu trabalho de informar? A resposta é nenhuma!