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Coluna: Político & Políticos – Assembleia com 16 novatos

Saiba de tudo que acontece nos bastidores políticos do Estado e do Brasil

06/10/2022

Dos 40 deputados estaduais eleitos domingo (2), 16 vão exercer um primeiro mandato para o Legislativo. Outros 24 foram reeleitos. Dos 16 novatos, dois já exerceram mandato como suplentes: Carlos Humberto (PL), por 60 dias em 2020, e Pepê Collaço (PP), que esteve na Assembleia pelo mesmo tempo em 2022.

 

Primeira eleição

Quatro dos 16 novatos nunca exerceram um cargo eletivo: Mário Motta (PSD), Egídio Ferrari (PTB), Matheus Cadorin (Novo) e Sérgio Guimarães (União). Pela primeira vez o PL terá a maior bancada, com 11 cadeiras. Desde 1982, só o MDB e PP tiveram bancadas assim.

 

MDB encolhe

O MDB elegeu seis deputados, tinha 9; o PT conquistou quatro das 40 vagas. Psol e Novo elegeram deputados estaduais, pela primeira vez. Os dois partidos já tiveram parlamentares na Casa, mas eleitos por outras siglas e que, já no exercício do mandato, migraram para Psol e Novo.

 

ELEIÇÕES

*O MDB fez seis deputados estaduais (eram nove) e manteve três federais que já tinha. Mas, sai das eleições de outubro desnorteado. Sem candidato a governador e com grupos divididos entre apoiar Carlos Moisés (Republicanos) e Jorginho Mello (PL), as urnas abateram até mesmo o presidente do partido, deputado federal Celso Maldaner, agora sem mandato.

*O MDB, há décadas, assemelha-se a um feudo de políticos arrogantes e ultrapassados. À sombra deles nenhuma liderança cresce. O ex-prefeito Antidio Lunelli, agora deputado estadual com 76 mil votos, é exemplo mais recente. Para sobreviver com as próprias pernas, o partido terá de se reorganizar, mas isso exige varrer todo o mofo da executiva.

*No PP, PSDB, PT e PSD não é diferente. Com todo o respeito, o resto dos partidos existentes em SC é arroz de festa “Gente nova” é sempre bem-vinda em ano eleitoral, mas para carregar pedras. E fica nisso.

*Em tempo: PSD e MDB tendem a apoiar Jorginho Mello (PL) no segundo turno. O PSDB já aderiu. É voz corrente nos bastidores que o Republicanos, partido de Moisés, vai se bandear para Jorginho Mello! O anúncio será feito pelo presidente do partido e deputado estadual reeleito, Sérgio Motta. No plano nacional, o Republicanos é aliado de Bolsonaro.

*No plano nacional o MDB fica em cima do muro. A senadora Simone Tebet, com pífios 4,9 milhões de votos, mas mesmo assim à frente do falastrão Ciro Gomes (PDT), dá sinais de apoio à Lula da Silva (PT), mas é pessoal. A executiva deve “liberar” os diretórios estaduais.

* Deputado federal pelo PRB em 2018, com 179 mil votos (o mais votado dos 16 federais eleitos naquele ano) e desfraldando a bandeira bolsonarista, Hélio Costa (PSD) fez agora míseros 18 mil votos. Mesmo com quase R$ 1,5 milhão do Fundo Eleitoral. Custo médio de R$ 84,00 por voto. Freud explica?

*Arlindo Rincos (União Brasil), foi um da penca de candidatos a deputado estadual lançados em Jaraguá do Sul. Do Fundo Partidário, que sustenta os diretórios dos partidos durante todo o ano (e também usado em campanhas eleitorais) recebeu R$ 600 mil. Fez 1.623 votos. Custo médio de R$ 370,00 por voto. Freud explica?

 

Reta final

 Escalado para o segundo turno contra o petista Décio Lima, o senador Jorginho Mello (PL) e o empresário e ativista político Luciano Hagn, já costuram nova visita de Jair Bolsonaro (PL) ao Estado. Projetam que seria a pá de cal nas pretensões de Lima. E não é para menos. Em Joinville, Mello faturou 151 mil votos, em Blumenau, base eleitoral do candidato do PT, 85 mil votos (Lima fez 33 mil) e em Florianópolis, 68 mil. Na Capital, Mello perdeu para Lima, que fez 75 mil.

 

Influência dos presidenciáveis

São inegáveis reflexos da visita de Lula da Silva em setembro (Florianópolis) e Bolsonaro no dia 1º de outubro (Joinville). Mello larga no segundo turno com larga vantagem de 1,5 milhão de votos sobre Lima, que faturou 710 mil votos.

 

Primos na Câmara

Júlia Zanata (PL), eleita deputada federal e que teve estrutura de apoio em Jaraguá do Sul e região, e Ricardo Guidi (PSD), reeleito deputado federal, são de Criciúma. E, mais que isso, primos em primeiro grau de famílias que se dão bem demais.

 

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