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Coluna: Promotor para governador

Odair Tramontin (Novo), promotor de Justiça em Blumenau é, de fato, a novidade até agora na (já) longa lista de candidatos a governador,

23/03/2022

Odair Tramontin (Novo), promotor de Justiça em Blumenau é, de fato, a novidade até agora na (já) longa lista de candidatos a governador, já que nunca ocupou cargo eletivo. Em 2020 foi a grande surpresa na eleição para prefeito de Blumenau em sua primeira disputa nas urnas, derrotando dois deputados- Ricardo Alba (PSL) e Ivan Naatz (PL). Terceiro mais votado, ficou atrás de João Paulo Kleinübing (DEM), duas vezes prefeito, e de Mário Hildebrandt, reeleito pelo Podemos.

Lista já tem 11 nomes

Além de Odair Tramontin, a lista de pré-candidatos (até ontem) tinha outros dez pretendentes: Carlos Moisés (Republicanos), Jorginho Mello (PL), Antidio Lunelli (MDB), Gean Loureiro (União Brasil), João Rodrigues (PSD), Raimundo Colombo (PSD), Dario Berger (PSB), Décio Lima (PT), Fabricio Oliveira (Podemos) e Esperidião Amin (PP). Entre os oito candidatos de 2018, só dois dos atuais 11 pretendentes disputaram o governo: Carlos Moisés, então no PSL, e Décio Lima.

Eleições

  • Geraldo Alckmin, que se filia no PSB hoje (23) teve seu pior desempenho como candidato à presidência da República em 2018: fez 5.096.277 milhões de votos. Um quarto lugar atrás de Jair Bolsonaro (PL), Fernando Haddad (PT) e Ciro Gomes (PDT). A curiosidade é saber se vai somar votos como vice de Lula da Silva ou tirar. Tucanos país afora estão uma arara com ele.
  • No Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) não sabe vai à reeleição ou se filia ao PSD como candidato a presidente da República, já que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG), desistiu.  Mas aí, para mudar de partido, teria de renunciar. A tal “janela partidária” é exclusiva para deputados e vereadores sem risco de perder o mandato em ano eleitoral.
  • Todas as pesquisas eleitorais publicadas até agora apontam uma eleição presidencial polarizada entre Jair Bolsonaro (PL) e Lula da Silva (PT). No caso de Bolsonaro, um crescimento lento: 28% contra 43%. A tal terceira via na figura do ex-juiz federal Sergio Moro (Podemos) não decola. Moro e Ciro Gomes (PDT) aparecem com 8% das intenções de voto.
  • Na terça-feira, 21 de março, o presidente Jair Bolsonaro, capitão reformado do Exército, completou 67 anos de idade. Lula da Silva (PT), metalúrgico aposentado e seu maior adversário na disputa eleitoral deste ano, fará 77 anos em 27 de outubro, 25 dias depois do 1º turno da eleição presidencial. E (provavelmente) três dias antes do segundo turno, em 30 de outubro.
  • No PSD as coisas caminham para um consenso em torno do prefeito de Chapecó, João Rodrigues, como candidato a governador. O deputado e presidente estadual do partido, Milton Hobbus, teria dito que Rodrigues (bolsonarista) só não será o candidato do partido se não quiser. Sendo assim, o ex-governador Raimundo Colombo estaria fora da majoritária.
  • Mas o senador Jorginho Mello (PL), candidatíssimo ao governo de SC, também é bolsonarista de quatro costados. A se confirmar a candidatura de João Rodrigues, em qual palanque o presidente Bolsonaro vai discursar? E se o empresário Luciano Hang, bolsonarista ao cubo, optar por ser vice de Rodrigues? Ou ao Senado, pelo PP? Afinal, em eleição só não vale perder.
  • MDB e PP estão cada vez mais isolados na busca de partidos parceiros que possam dar consistência às suas candidaturas majoritárias na disputa pela cadeira de Carlos Moisés (Republicanos). Deixando em polvorosa os candidatos às eleições proporcionais- deputados estaduais e federais. Que, necessariamente, precisam de uma referência.
  • Conversas recentes do prefeito Antidio lunelli, pré-candidato do MDB, com lideranças do PSC, PSD e PSDB, em mais nova tentativa de abrir uma coligação que possa dar sustentação à chapa majoritária do prefeito de Jaraguá do Sul. Que, até agora, não tem nada consolidado, baldados os esforços do deputado e presidente do partido, Celso Maldaner, um apoiador incondicional.

Dario Berger no PSB

Do senador Dario Berger no Facebook: “Após muito diálogo e motivado pelo interesse comum de apresentar um projeto para fazer de Santa Catarina um estado muito mais empreendedor, de mais oportunidades e justiça social, comunico que assinarei nesta quarta-feira, 23, a minha filiação ao PSB. Tomo essa decisão com a certeza de que o momento exige união, espírito público e um conjunto de ações que coloquem o nosso estado e país nos trilhos do desenvolvimento”. Estrategicamente, não diz, na mensagem, que será candidato a governador.

Foto: Divulgação

Palavra final é de Lula

O senador Dario Berger não é unanimidade entre os partidos da esquerda. Por isso, talvez tente uma reeleição. A ordem virá “de cima”, do próprio Lula da Silva (PT), a quem o compadre e presidente do diretório do PT de Santa Catarina, Décio Lima, até agora oficialmente o pré-candidato, obedece cegamente. Aliás, foi Lima quem apresentou Berger ao ex-presidente. O PSB é presidido pelo ex-presidente do PT, Claudio Vignatti, mas já teve no comando o ex-deputado Paulinho Bornhausen. Que, há poucos dias, deixou a presidência de honra do Podemos.

 

Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

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