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Coluna: Quatro partidos e um destino

Amanhã (13), dirigentes do PP, PSDB, União Brasil e PSD devem se reunir para, de novo, debater sobre de qual partido, desde que definida esta aliança, sairá o cabeça de chapa para as urnas na disputa ao governo do Estado

12/04/2022

Amanhã (13), dirigentes do PP, PSDB, União Brasil e PSD devem se reunir para, de novo, debater sobre de qual partido, desde que definida esta aliança, sairá o cabeça de chapa para as urnas na disputa ao governo do Estado. São quatro partidos com três nomes: Gean Loureiro (União Brasil), ex-prefeito de Florianópolis; o ex-governador Raimundo Colombo (PSD) e o senador Esperidião Amin (PP), dono de 1.226.064 de votos em 2018, que se obriga a pôr seu nome na lista. Porém, não demonstra apetite pelo embate.

Nada a perder

Esperidião Amin não tem nada a perder se for o candidato dessa aliança a governador, (acumula dois mandatos) porque terá mais quatro anos como senador, mas se obrigará a não fazer campanha à reeleição da mulher, Ângela Amin, e do filho João. Raimundo Colombo, também duas vezes governador, corre o risco de ser riscado do mapa político catarinense depois da derrota em 2018 como candidato ao Senado. Loureiro é novato em disputa majoritária. Se for candidato e perder a eleição, também vai para o limbo.

Eleições

  • Deputados do MDB se reúnem hoje (12) com prefeitos do partido. Reunião fechada para definir o rumo do partido nestas eleições. Ou rachar ainda mais a sigla, dividida entre apoio a Antidio Lunelli e aqueles que defendem alinhamento à reeleição de Carlos Moisés (Republicanos). Indicando o vice. Ou ao Senado, com o próprio Antidio. Vai sair faísca!
  • A barca dos candidatos a deputado estadual pelo Vale do Itapocu já tem cinco tripulantes confirmados nas urnas: Vicente Caropreso (PSDB/Jaraguá), atrás de um terceiro mandato; Leandro Schmöckel Gonçalves (Novo/Jaraguá), Ezequiel de Souza (União Brasil/Guaramirim), Rogério Vonk (PSD/Guaramirim) e Manuela Wolff (MDB/Jaraguá). E salve-se quem puder!
  • Alguns pré-candidatos ao governo de Santa Catarina ainda não disseram se vão para as urnas como cabeças de chapa e por qual coligação. Caso específico do senador Dario Berger (PSB) e do presidente do PT, Décio Lima. São filiados a legendas da esquerda, mas que, porém, não podem ser adversários na disputa pelo mesmo cargo. Seria inédito, irracional e mortal.
  • No caso do senador Dario Berger, há uma agravante: alguns partidos da esquerda não o aceitam como candidato da coligação que apoiará Lula da Silva. O PSOL se manifestou antes mesmo de Berger se filiar ao PSB. PCdoB e Solidariedade, também não o querem como candidato. Lima é compadre de Lula, Berger é um estranho no ninho. Lima repete que o “13” terá candidato. O PSB leva o número 40.
  • O PDT deve lançar candidato a governador para abrir palanque à candidatura de Ciro Gomes (PDT), “roubando” muitos e preciosos votos de Lima no embate do primeiro turno. Há dois nomes pedetistas de ex-deputados federais: Jorge Boeira, quatro mandatos e Fernando Coruja, três mandatos. O PDT só apoiará Lima se ele passar para o segundo turno.
  • No caso dos que vão às urnas disputar a única vaga para o Senado, só há um nome definido. É o de Jorge Seif Jr. (PL/Itajaí), Secretário Nacional da Pesca. Abençoado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), porém um ilustre desconhecido. Atropelando o deputado Kennedy Nunes (PTB) que já havia acertado uma dobradinha com o senador Jorginho Mello (PL).
  • Até agora, apenas três candidaturas a governador estão definidas: Carlos Moisés (Republicanos) à reeleição, Jorginho Mello (PL) e Odair Tramontin (Novo). PSD, PP, PSDB e MDB estão como birutas de aeroporto, que se movem conforme a direção dos ventos. Neste caso, como melhor lhes convém no vai e volta do balcão de negócios.
  • Na verdade, todas as candidaturas- governador, senador e deputados ainda vão passar pela homologação das convenções partidárias que ocorrem entre julho e início de agosto. Depois passam pela aprovação do Tribunal Regional Eleitoral. E só depois disso terão seus nomes e números inseridos nas urnas eletrônicas.

Dividindo palanques

Jair Bolsonaro (PL) deu sinais de que não subirá em palanques específicos nos estados. Em Santa Catarina apoiará seu fiel escudeiro Jorginho Mello (PL), cujo número na urna será o 22, o mesmo do presidente. Mas, exceto partidos de esquerda, que o odeiam e vice-versa, não se furtará em abraçar publicamente pretendentes de outros partidos como potenciais “puxadores” de votos à sua reeleição. E que também se beneficiarão da proximidade com ele, mesmo sendo “bolsonaristas” de ocasião.

Consulta direta

Os 14 prefeitos que integram a Associação dos Municípios do Vale Europeu (antes do Médio Vale do Itajaí) preparam documento que vai para as mãos dos candidatos às eleições de outubro. Com um diferencial: conteúdo de demandas elencadas pela própria população levantadas em reuniões que começam ainda esta semana e sempre beneficiando mais de um município. Por exemplo, o transporte intermunicipal, que nunca saiu do papel na região do Vale do Itapocu. E nem sairá, diga-se, enquanto o regime for de monopólio.

Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

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