Colunas

Coluna: Resistências no MDB

Mesmo com o recuo do deputado Valdir Cobalchini e do senador Dario Berger, o prefeito Antidio Lunelli, agora pré-candidato oficial do MDB ao governo do Estado, vai enfrentar resistências internas

18/02/2022

Mesmo com o recuo do deputado Valdir Cobalchini e do senador Dario Berger, o prefeito Antidio Lunelli, agora pré-candidato oficial do MDB ao governo do Estado, vai enfrentar resistências internas. Uma delas na própria bancada de deputados com assento na Assembleia Legislativa alinhados ao governo de Carlos Moisés (sem partido). Contra Lunelli também se alinham os ex-governadores Paulo Afonso Vieira e Pinho Moreira.  Agora o prefeito terá pela frente desgastante maratona para tentar viabilizar o próprio nome junto as bases do partido.

A convenção promete

Segundo reza a legislação eleitoral, é na convenção estadual, entre 20 de julho e 5 de agosto, que ocorre, legitimamente, a homologação dos candidatos, majoritários e proporcionais. Sendo assim, o grupo emedebista que resiste à indicação de Lunelli não se dá por vencido. E já se fala em movimento que desconsidere o prefeito de Jaraguá do Sul como pré-candidato oficial por ser o único inscrito, para derrubar resolução baixada no início de fevereiro pelo presidente do MDB, Celso Maldaner, levando a decisão final para a convenção estadual.

Chapa pura é suicídio

Enquanto isso, o prefeito Lunelli, que vê o MDB como um partido velho precisando de renovação (aliás, não só o MDB envelheceu), também terá de articular sólidas coligações já que disputar em chapa pura seria um suicídio político se mantido o quadro de pretendentes à chefia do Executivo estadual: Carlos Moisés à reeleição, senador Jorginho Mello (PL), Gean Loureiro (União Brasil), Décio Lima (PT) e por aí vai. Reeleito em 2020 e a confirmar sua candidatura, Lunelli terá de renunciar ao cargo até 2 de abril.

Passagem com dinheiro

Célio Elias (PT), prefeito interino de Forquilhinha, Sul de SC, baixou decreto obrigando empresas do transporte coletivo urbano aceitem o pagamento de passagem com dinheiro (não há cobradores). O que obriga à compra antecipada de créditos pelos usuários. É dinheiro antecipado no cofre das empresas, que pediram prazo para adaptações.

Passagem embarcada

 Em Jaraguá do Sul, também sem cobradores, temos a tal passagem embarcada, nunca questionada na Câmara de Vereadores. Usuários eventuais, sem o cartão magnético de compra antecipada, utilizam o mesmo ônibus para um mesmo trajeto, mas pagam R$ 4,50 contra os R$ 3,90 dos demais. Aliás, ser motorista e cobrador ao mesmo tempo, é legal?

Só depois do Carnaval

Empresário Luciano Hang ainda não bateu o martelo sobre sua candidatura a senador. Mas segue articulando conversas com líderes de partidos menores. Ele não quer vínculos com candidatos ao governo do Estado para não se comprometer pela boca de outros. O Republicanos, que vai priorizar as eleições proporcionais, é um destes partidos. Na foto, Hang conversa com o deputado estadual e presidente do Republicanos, Sérgio Motta (evangélico). O empresário disse que depois do Carnaval tomará uma decisão. Se resolver disputar a eleição, o deputado estadual Kennedy Nunes (PTB) poderá desistir do projeto de ser senador. Afinal, só há uma vaga.

Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

Notícias relacionadas

x