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Coluna: Responsável, ético e apalavrado

Neste dia 2 de fevereiro de 2022, a coluna pede licença aos leitores para registrar os 45 anos de jornalismo de Flávio José Brugnago, editor do Jornal do Vale do Itapocu. Tudo começou em 2 de fevereiro de 1977

02/02/2022

Neste dia 2 de fevereiro de 2022, a coluna pede licença aos leitores para registrar os 45 anos de jornalismo de Flávio José Brugnago, editor do Jornal do Vale do Itapocu. Tudo começou em 2 de fevereiro de 1977. Naquele dia, a ele o exigente professor, diretor e dono do jornal “Correio do Povo”, Eugênio Victor Schmöckel (1921/2004), delegou a responsabilidade de reportar um dos momentos políticos importantes da história de Jaraguá do Sul: a posse do prefeito eleito Victor Bauer (segundo mandato) no prédio da antiga Prefeitura (hoje Museu Emilio da Silva). Com o coração aos pulos, mas determinado a produzir texto fiel àquilo que visse e ouvisse, Flávio foi à luta. Na foto, em outro momento, ele está entre o governador Jorge Bornhausen, que visitava Jaraguá do Sul em ato administrativo, e o prefeito Bauer.

Acima de tudo, um vencedor!

Seu bom desempenho na cobertura da posse de Victor Bauer garantiu que continuasse como repórter da redação do CP. Como se costuma dizer na linguagem do jornalismo, Flávio é um “dinossauro”, dos tempos da máquina de escrever, do telefone com três dígitos, da composição das páginas letra por letra e tantos outros obstáculos. Obstinado pelo que faz, é um dos decanos da profissão vindo da “escola da vida” ainda em atividade. Responsável, ético e apalavrado, dedicou estes 45 anos da sua vida não só para registrar fatos do dia a dia, mas também divulgar, como pouquíssimos o fazem, as potencialidades de Jaraguá do Sul e região. E, mesmo que seu trabalho seja pouco reconhecido, Flávio é, acima de tudo, um vencedor!

Os tucanos querem Moisés

O PSDB é a bola da vez no processo de assédio de partidos políticos que querem o governador Carlos Moisés (sem partido) como candidato a reeleição. Na segunda-feira (31) tucanos emplumados estiveram com o governador e devem repetir a conversa nos próximos dias. No mesmo dia, lideranças do PP, tendo à frente o senador Esperidião Amin, foram almoçar com Moisés e a proposta era a mesma: trazer o governador para o Progressistas. Para o PSDB e PP, tanto faz e vice-versa. O importante é ter um poleiro sólido e confortável.

Um café com o governador

Amanhã (3) será a vez da bancada de deputados estaduais do MDB sentarem-se à mesa para um lauto café com o governador. Afinal, como já diziam lideranças da extinta Aliança Renovadora Nacional, “de barriga vazia não se pode discutir a fome do mundo”. Os deputados votam abertamente com Moisés na Assembleia Legislativa e um deles, Luiz Vampiro, é o secretário da Educação. O governador tem atendido- e muito bem- as bases eleitorais dos deputados e é isso o que importa. Fidelidade? Ideologia? Ética? Às favas com tudo isso!

Guaramirim e o transporte público

Em seu primeiro mandato (2001/2004), o então prefeito Mário Sérgio Peixer anunciou o que seria uma verdadeira revolução no transporte público urbano de Guaramirim: a implantação de linhas municipais, licitação do sistema (pela primeira vez na história do município) e construção de um terminal central localizado em área próxima à antiga estação ferroviária, que há décadas serve como terminal rodoviário. Quase 20 anos depois, o prefeito Luís Antônio Chiodini (PP) retoma o assunto, mas com uma nova proposta.

A rodoviária na BR-280

O primeiro impacto positivo se dará com o deslocamento de todas as linhas intermunicipais para fora do centro urbano. Isso porque a primeira rodoviária a ser construída pelo município vai se localizar às margens da BR-280, na região de Guamiranga onde é acentuado o crescimento populacional. No caso de linhas intermunicipais que usam a atual rodoviária (prédio construído em 1910) apenas para embarque e desembarque de passageiros, isso significa ganho de tempo, evitando um demorado percurso pelo Centro de Guaramirim.

Contrato de cinco anos

Os usuários locais terão, também, linhas urbanas- hoje inexistentes- com conexões para os bairros. Outro ponto importante na proposta: a empresa vencedora do processo licitatório assina contrato válido por cinco anos, prorrogável por mais cinco. Pondo fim a concessões de 20 anos, estendidas por mais dez, quinze anos sem licitação como ainda ocorre em municípios vizinhos. Dando margem ao monopólio vigente na região desde os anos 1960, mesmo que com empresa de razão social diferente.

Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

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