Com 48% de praias impróprias para banho, SC dobra coletas para exames de balneabilidade
Trabalho será feito duas vezes na semana, ao invés de vez de uma, em 82 dos 237 pontos analisados pelo Instituto de Meio Ambiente (IMA).
26/01/2023
Santa Catarina vai ampliar a coleta de uma para duas vezes na semana em pontos analisados pelo Instituto do Meio Ambiente do Estado (IMA) para atestar se o mar de uma praia está ou não próprio para banho. Um termo de cooperação entre diversos órgãos do estado foi assinado na terça-feira (24) e prevê a elevação das amostras em 82 dos 237 pontos.
Atualmente, praias bastante procuradas no estado, como a Praia Central de Balneário Camboriú e Itapema, ambas no Litoral Norte, e Canasvieiras, em Florianópolis, estão totalmente impróprias para banho. A situação acontece em plena temporada de verão, onde o fluxo de turistas é intenso.
Em todo o estado, 48,1% dos locais analisados pelo IMA estão com mar sem condições de ser frequentado pelos banhistas. Os dados são de sexta (20).
De acordo com o governo do estado, a ampliação no número de coletas ocorre por causa do aumento do número de casos de doenças transmitidas pela água e por alimentos contaminados. O objetivo também é que a população faça o uso das praias com segurança.
Florianópolis, por exemplo, registra uma epidemia de diarreia em janeiro, de acordo com a Secretaria Municipal da Saúde. Até sexta (20), mais de 3,2 mil pessoas haviam procurado postos de saúde por causa da doença.
Como vai funcionar
O IMA destacou que a metodologia de coleta e análise vai continuar a mesma, que segue a resolução número 274/2000 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
O que vai mudar é que a coleta será feita duas vezes na semana, em vez de uma só, em 82 pontos. São eles:
- os 10 pontos da Praia Central de Balneário Camboriú
- todos os pontos em Canasvieiras, Ingleses e Jurerê, em Florianópolis
- todos os pontos dos seguintes municípios: Balneário Piçarras, Bombinhas, Itajaí, Itapema, Navegantes, Penha e Porto Belo
Sobre isso, o IMA informou que a junção dos dados é estudada pelas equipes e até esta sexta (27) será decidido como será a nova dinâmica de coletas e análises.
O instituto acredita que mais resultados de análises significam uma maior precisão sobre a condição real do mar.
“O aumento da frequência do monitoramento da balneabilidade, principalmente nas praias urbanas, refletirá melhor as condições ambientais dos pontos amostrados, servindo de apoio para as ações de melhoria de saneamento, demonstrando quais são realmente efetivas”, afirmou a presidente do IMA, Sheila Meirelles.
O termo de cooperação entre os órgãos também prevê a participação do Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen), que realizará a pesquisa de carga viral em alguns pontos sensíveis.
Conteúdo original publicado por G1
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