Desperdício de alimentos está ligado às emissões de gases de efeito estufa
As consequências dos restos de alimentos desperdiçados são sentidas na tripla crise planetária, que envolve as mudanças climáticas, a perda da natureza e a poluição, e que afeta toda a população
30/09/2022
Uma estimativa do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) mostra que 17% dos alimentos disponíveis aos consumidores vão diretamente para o lixo. Os dados indicam que as perdas e os desperdícios alimentares são um problema global e responsáveis por até 10% das emissões de gases com efeito de estufa. Por isso, desde 2019, a Organização das Nações Unidas (ONU), instituiu o Dia Internacional de Conscientização sobre a Perda e o Desperdício de Alimentos, lembrado no dia 29 de setembro.
As consequências dos restos de alimentos desperdiçados são sentidas na tripla crise planetária, que envolve as mudanças climáticas, a perda da natureza e a poluição, e que afeta toda a população. Segundo a Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, de 140 milhões de toneladas de alimentos produzidos por ano, 26,3 milhões são desprezadas, mesmo com 14 milhões de pessoas passando fome no Brasil. No mundo todo, em 2020, eram 811 milhões de pessoas afetadas pela fome, número que teve um aumento significativo devido à pandemia.
“Essas são informações preocupantes e precisam ser usadas como alerta para todos os envolvidos nesta cadeia, desde os produtores até o consumidor final. Além do nosso desperdício diário, cerca de 14% dos alimentos produzidos para consumo global são perdidos a cada ano, entre a colheita e o varejo, ou seja, é algo muito maior do que imaginamos. E é com base nessas estatísticas que precisamos propor novos modelos de consumo”, observa a analista de Sustentabilidade Sênior do Grupo Marista, Elãine Cristina de Souza Kurscheidt.
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