Colunas

Devendo

As extintas Agências de Desenvolvimento Regional que, exceto a mão de obra técnica, representaram fantástico cabide de empregos durante 16 anos, deixaram contas a pagar nos últimos dez anos, uma delas com telefonia e internet móvel da operadora Vivo.

12/02/2021

Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

As extintas Agências de Desenvolvimento Regional que, exceto a mão de obra técnica, representaram fantástico cabide de empregos durante 16 anos, deixaram contas a pagar nos últimos dez anos, uma delas com telefonia e internet móvel da operadora Vivo.

Em acordo e só com estes serviços, o Estado deve quitar R$ 900 mil até o final de fevereiro. Mas, há outras dívidas em outras áreas de governos passados que ainda serão calculadas.

Para acalmar o apetite por empregos públicos dos partidos e de políticos que formavam a coligação que o elegeu governador, em 2003 o então governador Luiz Henrique da Silveira (MDB) criou as Secretarias de Desenvolvimento Regional.

Sem autonomia

Nada menos que 35 delas foram criadas com a justificativa de descentralizar o governo, o que nunca ocorreu.

Todas ocupando imóveis alugados, além de gastos com carros, combustíveis, energia, internet, telefonia, diárias, funcionários efetivos e comissionados e por aí afora.

Todas juntas custavam, em média, R$ 346 milhões/mês. Quinze destas estruturas, já com o nome de Agências de Desenvolvimento Regional, foram extintas no governo de Pinho Moreira (MDB) em 2019. Outras 20 pelo governador Carlos Moisés (PSL).

Vale dizer que, com quadros de 12 a 14 funcionários, nunca tiveram autonomia sequer para mandar roçar o mato à beira das rodovias estaduais.

Na vitrine

Depois de ter o nome ventilado para uma possível candidatura a governador em 2022, o prefeito Antidio Lunelli (MDB), sem nenhuma dúvida o único nome atualmente em evidência no partido, começa a ser assediado por dois políticos já velhos conhecidos dos eleitores.

Um deles, o ex-prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes (PSD), que deixou o PSDB depois do desastre eleitoral de 2018 quando tentou eleição para senador.

Assediado

O outro, protagonista da tragédia eleitoral daquele mesmo ano como candidato a governador, é o ex-deputado federal Mauro Mariani (MDB). Naquela empreitada, ambos deram com os burros n’água.

Recentemente estiveram em Jaraguá do Sul para conversas com Lunelli. Mas lá na capital o prefeito Gean Loureiro (DEM) conversa com o senador Dario Berger (MDB) para possível dobradinha na chapa majoritária. Na verdade, toda decisão sempre sai de Florianópolis.

Bolsonaro em SC

Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) volta a Santa Catarina hoje (12). Vai para São Francisco do Sul.

A princípio, deve ficar por lá até dia 15, segunda-feira de Carnaval. Sem nenhum compromisso oficial na agenda. Fica hospedado no Forte Marechal Luz, na conhecida Praia do Forte, onde já esteve no final do ano passado.

Esta é a sétima vez que Bolsonaro vem a Santa Catarina depois da a posse. Em três oportunidades, como agora, a passeio.

Bens bloqueados

Ex-presidentes da Celesc, incluindo o ex-governador Eduardo Pinho Moreira (MDB) e um grupo de mais nove pessoas tiveram bens bloqueados pela justiça em valores de até R$ 316,5 milhões. Por conta de contratos firmados com empresa prestadora de serviços de cobrança.

O grupo teria cometido atos de improbidade administrativa ao desvirtuar a finalidade de contratos celebrados entre a concessionária de energia e a empresa e que tinha como principal objeto a cobrança de créditos de difícil recuperação da estatal.

Alterações indevidas

De acordo com o Ministério Público, através de sucessivos aditivos e deliberações administrativas, o contrato servia para que a empresa contratada recebesse indevidamente valores vultosos provenientes de receitas de fácil liquidez.

Segundo o desembargador Luiz Fernando Boller, apesar de o documento original firmado ter sido validado pelo Tribunal de Contas do Estado, conforme alegaram parte dos réus, as irregularidades denunciadas foram verificadas após a assinatura do pacto.

Os envolvidos

Além de Pinho Moreira, a sentença do Tribunal de Justiça de Santa Catarina cita Carlos Rodolfo Schneider, José Afonso da Silva Jardim, Gerson Pedro Berti, Eduardo Carvalho Sitônio, Miguel Ximenes de Melo Filho, Octávio Acácio Rosa, Arnaldo Venício de Souza, Marcelo Gasparino da Silva, Carlos Alberto Martins, Monreal- Corporação Nacional Serviços de Cobrança S/C Ltda, Francisco Eider de Figueiredo, Dogma- Consultoria e Marketing Ltda. e Claúdio Sebastião de Oliveira.

 

Receba as colunas e notícias do JDV no seu WhatsApp!

Notícias relacionadas

x