Jaraguá do Sul

DIVERSIDADE CULTURAL NAS FESTA GERMÂNICAS: A harmonia de alemães, pomeranos e húngaros na celebração das tradições Königsfeste

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07/11/2023

DIVERSIDADE CULTURAL NAS FESTA GERMÂNICAS: Convidamos você a embarcar em uma jornada única e fascinante através das páginas de “Diversidade Cultural nas Festas Germânicas: A Harmonia de Alemães, Pomeranos e Húngaros na Celebração das Tradições Königsfeste”.

Esta obra é uma porta de entrada para um mundo rico em herança cultural, tradição e diversidade, que desempenhou um papel vital na formação de festas tão emblemáticas quanto a Schützenfest.

 

Nesta 33ª edição da Schützenfest, quando celebramos a cultura dos atiradores, é mais importante do que nunca entender a origem dessa festa e apreciar a riqueza das influências culturais que moldaram sua identidade. Através das páginas deste livro, você será levado de volta no tempo, a um período em que a colonização germânica e pomerana se enraizou profundamente na região do Vale do Itapocu. Nesse contexto, descobrimos como os alemães, pomeranos e até húngaros contribuíram para a formação das festas germânicas, particularmente o Königsfeste.

DIVERSIDADE CULTURAL NAS FESTA GERMÂNICAS

A Associação dos Clubes e Sociedades de Tiro do Vale do Itapocu, fundada em 1989, une essas sociedades, promovendo a harmonia e a continuidade das tradições. E não podemos esquecer a Schützenfest, que desde 1989 se tornou uma parte vital da celebração da cultura dos atiradores.

 

Em tempos de celebração e renovação da Schützenfest, convidamos a mergulhar nesta obra que não apenas preserva o passado, mas também ilumina o presente. Este livro é uma homenagem à diversidade cultural que enriquece nossas festas germânicas e um tributo às comunidades que contribuíram para a sua construção. 

 

Em 2000, há 23 anos, foi lançado o livro “Festas de Rei (Königsfeste)” de autoria de Silvia Regina Toassi Kita. A obra é resultado de uma pesquisa histórica e documental, com coordenação do professor Arnoldo Schulz e contribuições da historiadora Vera de Tofol, na transcrição de entrevistas de História Oral, revisão por Adriana Reitz Freiberger e catalogação por Dirce Terezinha Nunes.

 

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Este livro nos leva a uma jornada pela tradição do tiro ao alvo no Vale do Itapocu, uma região que abrange os municípios de Jaraguá do Sul, Corupá, Schroeder, Guaramirim e Massaranduba. Essa tradição tem raízes profundas na colonização germânica e pomerana que se estabeleceu no final do século XIX.

 

O grupo étnico pomerano, originário do entroncamento eslavo, mas muito integrado à cultura germânica, desempenhou um papel significativo na fundação das sociedades de tiro alvo. Isso ocorreu em comunidades como o Rio Cerro, Rio da Luz, Sohnstiefe e Jaraguá 99. Além disso, alemães atuaram de forma expressiva nas iniciativas associativistas, organizando os schützenverein e difundindo a cultura dos atiradores em outras áreas do Vale do Itapocu.

 

Na região, uma série de sociedades de atiradores foi fundada ao longo dos anos. A Sociedade Recreativa Rio da Luz, estabelecida em 15 de agosto de 1915, é uma das pioneiras. Outras sociedades incluem o Clube de Caça e Tiro Bracinho, que foi fundado na década de 1920, a Sociedade Desportiva Recreativa Ribeirão Gustavo, estabelecida em 1921, a Sociedade Desportiva Recreativa Tiro ao Alvo Massaranduba, que surgiu em 1922, a Sociedade Esportiva Recreativa Hansa Humboldt, datando de 1929, e a Sociedade Atiradores Diana, que teve sua fundação em 1930.

 

Incluem-se também a Sociedade Atiradores Ribeirão Grande da Luz (1931), a Sociedade Esportiva João Pessoa (1932), o Clube Atlético Baependi (herdeiro da Sociedade Atiradores Jaraguá, fundada em 1906), a Sociedade Esportiva Recreativa Vieirense (1943), a Sociedade Recreativa Vitória – Rio da Luz (1943), a Sociedade Recreativa Rio da Luz II – Centenário (1943),

 

a Sociedade Esportiva Recreativa Aliança (1949), a Sociedade Recreativa Alvorada (1949), o Botafogo Futebol Clube (1949), a Sociedade Desportiva Recreativa Amizade (1954), a Sociedade Recreativa Tiro ao Alvo Rio Camarada (1955), a Sociedade Atiradores Independência (1957), a Sociedade Esportiva Recreativa dos Atiradores Catarinenses de Brüderthal (1961), a Sociedade Esportiva Recreativa Schroeder III (1963), a Sociedade Esportiva Recreativa Vitória – bairro Ilha da Figueira (1965),

 

que foi extinta no início do milênio, a Sociedade Esportiva Recreativa Bandeirantes (1967), a Sociedade Recreativa Desportiva 25 de Julho (1967) e a Sociedade Esportiva Recreativa Guarany (1975).

 

Em 18 de março de 1989, a Associação dos Clubes e Sociedades de Tiro do Vale do Itapocu foi fundada, desempenhando um papel essencial na unificação e fortalecimento das tradições das Festas de Rei na região.diversidade

 

Em 1989, a Schützenfest, ou Festa de Atiradores, teve seu início e, desde então, cresceu em importância e popularidade, tornando-se um evento crucial na celebração da cultura dos atiradores no Vale do Itapocu.diversidade

 

À medida que concluímos nossa jornada através das páginas de “Diversidade Cultural nas Festas Germânicas: A Harmonia de Alemães, Pomeranos e Húngaros na Celebração das Tradições Königsfeste,” gostaríamos de enfatizar a importância não apenas do conteúdo, mas também da equipe dedicada que tornou esta obra possível.diversidade

 

O conhecimento contido nestas páginas é fruto de um esforço conjunto, de pessoas apaixonadas por preservar e compartilhar nossa rica herança cultural. A pesquisa meticulosa e a documentação histórica que encontram neste livro são o resultado do árduo trabalho de Silvia Regina Toassi Kita, que liderou a investigação e trouxe à tona informações cruciais sobre a tradição do tiro ao alvo no Vale do Itapocu.

 

A coordenação do professor Arnoldo Schulz desempenhou um papel vital na organização e direção deste projeto. A historiadora Vera de Tofol contribuiu significativamente ao transcrever as entrevistas de História Oral, fornecendo um toque humano à narrativa. A revisão atenciosa de Adriana Reitz Freiberger e a catalogação precisa de Dirce Terezinha Nunes garantiram que o livro fosse uma obra completa e confiável.diversidade

 

Nossa gratidão também se estende às comunidades alemãs, pomeranas e húngaras que compartilharam suas histórias, experiências e tradições. É graças a essas comunidades que podemos desvendar a riqueza cultural que moldou as festas germânicas e a Schützenfest.

DIVERSIDADE CULTURAL NAS FESTA GERMÂNICAS

Assim, à medida que nos preparamos para a 33ª edição da Schützenfest, lembramos a importância de honrar aqueles que se dedicaram a preservar e compartilhar nossas tradições. Este livro é um tributo à equipe de pesquisa e àqueles que contribuíram com seus conhecimentos e memórias.diversidade

 

Ao abraçar este convite para a leitura, você não apenas enriquece seu próprio entendimento das tradições Königsfeste, mas também reconhece o valor da dedicação da equipe por trás deste projeto. Esperamos que, ao explorar essas páginas, você sinta a conexão profunda entre passado e presente, compreendendo melhor as origens das festas germânicas.diversidade

 

(Ademir Pfiffer – Historiador e Youtuber, para o JDV)

 

 

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Por

Historiador e criador de conteúdo digital para as plataformas do Kwai, Tik Tok e You Tube. Dedicado à pesquisas sobre memória e patrimônio histórico-cultural em comunidades tradicionais

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