Economia

Dólar opera em queda nesta sexta-feira, mas caminha para alta forte na semana

Moeda norte-americana encerrou o dia em alta de 4,10%, cotada a R$ 5,3942, enquanto o Ibovespa caiu 3,35%, aos 109.775 pontos

11/11/2022

O dólar opera em queda nesta sexta-feira (11), último dia de uma semana de forte desvalorização do real. O mercado reage negativamente às incertezas em relação ao controle das contas públicas a partir do próximo ano, no governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.

Às 12h, a moeda americana caía 1,62%, negociada a R$ 5,3069. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,2725. Veja mais cotações.

No dia anterior, em um pregão marado pela alta volatilidade, o dólar encerrou o dia em alta de 4,10%, cotado a R$ 5,3942 – a maior cotação de fechamento desde 29 de setembro, quando encerrou a R$ 5,3950, e maior alta diária desde 16 de março de 2020, quando subiu 5,16%, durante o início da crise provocada pela Covid-19. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,4129.

Com o resultado, a moeda acumula alta de 6,63% na semana, e de 4,43% no mês. No entanto, no ano, o dólar ainda apresenta queda de 3,24% frente ao real.

“O mercado está preocupado com a dinâmica dos gastos públicos. Tem que ser uma dinâmica sustentável”, afirmou Alessandra Ribeiro, economista e sócia da Tendências Consultoria, em entrevista a GloboNews.

Além disso, Alessandra pontua que ainda não há definição sobre quem estará na equipe econômica de Lula a partir do próximo ano, o que adiciona incertezas e volatilidade ao mercado. Investidores esperam a nomeação de uma pessoa mais alinhada ao centro do que a esquerda para as pastas da economia.

Para cumprir com as principais promessas de campanha de Lula – com destaque para a continuidade do Auxílio Brasil de R$ 600, um auxílio extra de R$ 150 para crianças pequenas e reajuste do salário mínimo –, o governo de transição planeja criar a PEC da Transição, que liberaria cerca de R$ 175 bilhões no Orçamento de 2023 além do teto de gastos.

Para o assessor de investimentos na Phi Investimentos Gabriel Cordeiro, o discurso adotado pelo presidente eleito vai na contramão dos desejos do mercado e impactou diretamente a desvalorização do real frente ao dólar nesta semana.

“Caso essas ideias que apoiam o furo do teto de gastos e criticam a estabilidade fiscal sejam colocadas em prática, esse cenário afetará negativamente qualquer investidor que tenha o ‘risco Brasil’ em seu patrimônio. Isso porque o país tende a se endividar com esse tipo de política, trazendo uma inflação maior, forçando o Banco Central a manter as taxas de juros elevadas e desvalorizando os ativos brasileiros“, disse o assessor.

Conteúdo original publicado por G1

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