Economista analisa indicadores catarinenses e sugere criação de um fórum

“Os indicadores da economia catarinense dão esperança para um futuro promissor. O crescimento da exportação e do nível de emprego mostram resultados expressivos em diversas atividades. Tivemos também incremento na arrecadação de tributos, como o caso dos tributos estaduais, com crescimento de 22% no primeiro semestre de 2022, totalizando no período R$ 21,6 bilhões, conforme a Secretaria de Estado da Fazenda de SC. A jornada em busca do crescimento consistente exige muita resiliência e perseverança”.

A análise, em artigo recentemente publicado, é de Henry Uliano Quaresma, CEO Brasil Business Partners, Conselheiro da Associação de Comércio Exterior do Brasil, Membro da Câmara de Comércio Exterior da CNC. Segundo ele, a crise energética, a falta de insumos para a indústria e de infraestrutura competitiva no atual momento mundial representam gargalos e que, aliados à inflação, trazem desafios. Algumas reflexões estratégicas podem aproveitar os bons ventos dos indicadores para dar maior impulso e velocidade à economia catarinense, com a participação efetiva da indústria, que é um dos seus motores.

Quaresma apresenta dados coletados do IBGE (2021): “a indústria possui participação de 26,6% do PIB, representando 34,1% dos empregos em Santa Catarina, totalizando 804.362 postos de trabalho. O setor da agropecuária possui uma participação de 5,7% do PIB, representando 41.741 empregos. O setor do comércio possui uma participação de 16,4% do PIB, representando 460.468 empregos. O setor de transporte e armazenagem possui uma participação de 4,5% do PIB, representando 123.783 empregos”.

“O setor de serviços financeiros possui uma participação de 3,9%, representando 36.933 empregos, e os demais serviços possuem uma participação de 43,0% do PIB, representando 893.395 empregos. Um ambiente de negócios que gera confiança acelera qualquer motor de crescimento”, escreveu.

Cita também, entre outros, que a infraestrutura de transportes, energia e telecomunicações são elementos estruturantes para acolher os motores de crescimento. “Na infraestrutura, temos urgência de melhoria das rodovias e da implementação de outros modais, como o ferroviário. Essencial também é a redução de tarifas de energia, como os casos do gás natural e da energia elétrica. São grandes desafios atuais do setor produtivo”.

“Para discutir, propor e acompanhar as políticas públicas neste setor é preciso unir o vasto conhecimento, experiências e inteligências existentes em nosso estado. A criação de um Conselho ou Fórum de Desenvolvimento Econômico, envolvendo agentes influenciadores das áreas do setor produtivo e das diversas áreas de governo, poderá ser o espaço ideal para encontrar soluções e criar oportunidades únicas para Santa Catarina”, diz.

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