Educação

Educação de Jaraguá vai implantar laboratório ao ar livre para práticas ambientais

O projeto Horta na Escola Integral é um complexo que contemplará as áreas da estufa, hortas, composteiras, bancos, pórtico, hortas verticais e o pomar

22/06/2022

Um projeto inédito e inovador será implantado pela Secretaria Municipal de Educação de Jaraguá do Sul, um centro de estudos ambientais e educativos, que ficará localizado ao lado da Escola Ribeirão Molha. De acordo com a secretária Ivana Atanásio Dias, o projeto Horta na Escola Integral é um complexo que contemplará as áreas da estufa, hortas, composteiras, bancos, pórtico, hortas verticais e o pomar.

“Será um laboratório vivo que servirá como um importante recurso didático pedagógico que possibilitará a aprendizagem ativa. Por meio da vivência de práticas ecológicas para produção de alimentos, estimulará o desenvolvimento sustentável e a melhoria dos hábitos alimentares dos estudantes”, antecipa.

Serão vários os ambientes da estrutura. O pórtico, por exemplo, servirá como transição entre a unidade escolar e o projeto, comportando o acesso de pedestres. É a principal área edificada da proposta, abrigando dois banheiros PCD (pessoas com deficiência), lavatório, depósito, bebedouro, caixa d’água e possui uma cobertura que o circunda, bem como é o local onde está inserida a comunicação gráfica.

Um domo geodésico de madeira, coberto com sombrite 30% e uma camada plástica, foi projetado com o intuito de comportar uma estufa com sementários, hortas, mesas, pias e demais elementos. O lanternim acima da estrutura foi concebido com a intenção de proporcionar ventilação cruzada e melhor conforto térmico para os usuários. A estrutura abriga 36 alunos, possibilitando atividades experimentais e investigativas sobre o plantio de mudas e sementeiras, a manipulação e preparo de diferentes substratos.

Sala de aula a céu aberto estimulará sustentabilidade

Conforme a gestora da Secretaria da Educação, Ivana Dias, haverá composteiras com mesas, bancos, quadro e as unidades modulares, que auxiliam na manipulação e realocação do espaço, caso necessário.

“A intenção é de funcionar como uma sala a céu aberto, de forma a comportar uma turma de 36 alunos. Nas composteiras, os estudantes aprenderão sobre o ciclo dos nutrientes de forma experimental, o destino correto dos resíduos domésticos orgânicos e seu reaproveitamento como adubo em hortas. Essas práticas ecológicas que estimularão a sustentabilidade e poderão ser aplicadas em hortas caseiras”.

O projeto contempla também o pomar, com espécies frutíferas nativas, proporcionando aulas de educação ambiental ao ar livre, permitindo a compreensão das relações ecológicas e contribui para o conhecimento destas espécies. Será, também, um ambiente diferenciado e inspirador para realizar aulas de leitura, atividades em grupo e práticas artísticas-culturais.

(Foto: Reprodução)

Já as hortas são projetadas com uma altura de 60 cm para auxiliar na questão ergonômica, facilitando o acesso e a manipulação por meio dos alunos, e na proteção das plantas cultivadas. Destinadas ao plantio de diversas culturas – convencionais e não convencionais -, as hortas têm por objetivo estimular a alimentação saudável dos estudantes e servir como um laboratório para a experimentação e fomento da produção sustentável dos alimentos.

Haverá canteiros para proteger as áreas de declive, delimitar as áreas com vegetação existente e realizar a transição entre áreas de horta e pisos. O principal deles é na porção leste do terreno, a qual abriga as palmeiras existentes e vai ser contemplado com citronelas para amenizar os efeitos de mosquitos e afins. Nos locais em que serão trabalhados com forrações, mais especificamente com flores, as mesmas serão integrantes das Panc (plantas alimentares não convencionais), podendo ser utilizadas na alimentação e atividades pedagógicas.

Estudantes de toda a rede municipal vão participar de atividades no local

A secretária Ivana antecipa que bancos foram projetados como área de apoio, de forma a serem sombreados por meio de um conjunto arbóreo de médio porte. Aqui uma sala de aula com 36 alunos pode ser alocada para ser instruída sobre atividades a serem realizadas no ambiente da horta, registrar suas anotações e observações, desenvolverem trabalhos individuais e de grupo e assistir palestras.

Outra novidade será a horta vertical. Em ambientes urbanos, onde espaços para hortas tradicionais são cada vez mais escassos, as hortas verticais surgem como alternativa. Nelas, diferentes plantas podem ser cultivadas, como por exemplo: tomate cereja, alface, couve, cebolinha, hortelã, temperos e plantas aromáticas. Também estimula a alimentação saudável e práticas sustentáveis para produção de alimentos, além de ser um modelo que pode ser replicado pelos estudantes em hortas caseiras.

(Foto: Reprodução)

O projeto Horta na Escola Integral será licitado pelo Município, por meio da Secretaria da Educação. Ele não se resume aos alunos da Escola Ribeirão Molha. Será para toda a rede.

“Nós levaremos os alunos com a frota de transporte escolar existente para que eles participem desse laboratório de experimentação ao ar livre, uma vez que é um espaço planejado para receber práticas pedagógicas voltadas para o desenvolvimento das habilidades de letramento científico e, por consequência, da cidadania, constituindo um importante recurso pedagógico que possibilita a integração de saberes de diversas áreas do conhecimento”, comenta.

Projeto está amparado dentro da Base Nacional Comum Curricular

A própria Base Nacional Comum Curricular (BNCC) diz que “aprender ciência não é a finalidade última do letramento, mas, sim, o desenvolvimento da capacidade de atuação no e sobre o mundo, importante ao exercício pleno da cidadania”. A ideia geral é estimular o desenvolvimento sustentável e a melhoria dos hábitos alimentares dos estudantes por meio da vivência de práticas ecológicas para produção de alimentos.

(Foto: Divulgação)

O projeto que será implantado no Rio Molha será um laboratório ao ar livre para o processo de ensino e de aprendizagem, estimulando o desenvolvimento do método científico para construção do conhecimento, ao mesmo tempo em que desenvolve o pensamento crítico de forma que o estudante se reconheça como parte do ambiente e a adoção de práticas de experimentação sustentáveis de produção de alimentos.

O espaço, além de permitir a compreensão das relações ecológicas, será também um ambiente diferenciado e inspirador para realizar aulas de leitura, atividades em grupo e práticas artísticas-culturais.

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