Fecomércio e FIESC reprovam aumento no número de deputados e veem desperdício

Mário Cezar Aguiar, presidente da Fiesc Foto: Marcos Campos/Portal Fiesc
O recente aumento no número de deputados federais, aprovado pela Câmara dos Deputados — de 513 para 531 parlamentares — gerou críticas de entidades em Santa Catarina. Embora o estado tenha direito a mais cadeiras devido ao crescimento populacional, as entidades argumentam que a redistribuição deveria ocorrer dentro do limite atual de vagas, sem aumento das despesas públicas.
Confira as declarações:
Fecomércio-SC:
A Fecomércio SC critica a ampliação do número de deputados, destacando que o momento do país não comporta a criação de mais despesas e o inchaço da máquina pública. A entidade lembra que havia um projeto do deputado catarinense Rafael Pezenti (MDB) propondo a redistribuição das vagas dentro das 513 já existentes, o que garantiria quatro cadeiras a mais para Santa Catarina com base no aumento populacional.
“Santa Catarina merece as quatro vagas a mais pelo cálculo populacional, respeitando a proporcionalidade que rege a bancada, e não pelo aumento do número de deputados.”
A Fecomércio também parabenizou a bancada catarinense, que foi quase unânime em votar contra o projeto.
FIESC (Federação das Indústrias de Santa Catarina):
A FIESC considera que o aumento no número total de parlamentares representa um descompasso entre as expectativas dos brasileiros e as decisões do Congresso.
“Inchar a Câmara, e seu custo, em vez de apenas reequilibrar as vagas de acordo com as mudanças demográficas, é mais um mau exemplo, num momento em que as autoridades do País deveriam demonstrar sensibilidade e sinalizar que são responsáveis no uso dos recursos do contribuinte”, disse o presidente da entidade, Mario Cezar de Aguiar.
A entidade também reforça que, sem aumentar o total de vagas, Santa Catarina já teria direito a quatro cadeiras a mais, destacando que o crescimento populacional do estado exige maior representatividade política.
“Ao não reduzir o número de parlamentares de nenhum estado, a Câmara perpetua a distorção. E o pior, a um custo adicional de cerca de R$ 65 milhões por ano, sem considerar o potencial efeito cascata, já que abre-se uma janela para que as assembleias estaduais também cresçam”, avalia Aguiar.