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Flávio Brugnago completa 44 anos no jornalismo

A eleição do deputado Arthur Lira (PP/AL) à presidência da Câmara dos Deputados foi um massacre.

03/02/2021

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Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

A estreia

A data de ontem, 2 de fevereiro, marcou a estreia do jornalista Flávio José Brugnago, editor do Jornal do Vale do Itapocu, na imprensa de Jaraguá do Sul e região. Foi na posse do ex-prefeito Victor Bauer, em 1977, eleito pela extinta Aliança Renovadora Nacional (Arena). À época vigorava o regime do bipartidarismo, com o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) na oposição. Flávio era repórter do jornal “Correio do Povo”, então dirigido pelo proprietário e também professor e jornalista Eugênio Victor Schmöckel.

Sem internet

O ato de posse de Bauer foi no prédio da Prefeitura, hoje Museu Histórico Municipal Emílio da Silva, onde também funcionavam o Fórum da Comarca e a Câmara de Vereadores. Época em que sequer se imaginava, no Brasil, tecnologias como a internet, que chegou ao nosso país, timidamente, em 1981. E que hoje permite acesso instantâneo às notícias locais, do estado, do país ou de qualquer parte do mundo. Tempos de telefone com três dígitos, da máquina de escrever e da composição de textos letra por letra, usando-se uma pinça.

Uma vocação

“Correndo atrás da notícia, sem carro, no sol, na chuva, de dia, à noite a qualquer hora. Mesmo assim, acho que à época a informação tinha mais autenticidade, embora todas as dificuldades. Porque é vencendo as dificuldades que a vida nos impõe que se aprende. É superando obstáculos para ir em frente. Mas é preciso ter a profissão, como vocação, no sangue que corre nas veias. Jornalismo quebra-galho não existe. Ou você é jornalista, ou não é”, resume Flávio Brugnago.

Sem chances

A eleição do deputado Arthur Lira (PP/AL) à presidência da Câmara dos Deputados foi um massacre.

Derrubou Baleia Rossi (MDB/SP), presidente nacional do partido, que até há pouco era o favorito imbatível, apoiado por Rodrigo Maia (DEM/RJ). Foram 302 votos contra 145.

Se somados os 56 votos de outros candidatos e dois em branco, o emedebista não chegaria nem perto da votação de Lira.

Carlos Chiodini (MDB) votou no Baleia e Fabio Schiochet (PSL) não divulgou o voto.

Quem não fez?

A esquerda ataca o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por ter liberado, em dias que antecederam a votação, emendas parlamentares, cargos e etecetera. Nada que seus antecessores, Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT), não tenham feito com a mesma intenção.

O MDB, mais uma vez, cumpriu papel de partido fisiológico. Retirou apoio à senadora Simone Tebet para votar em Rodrigo Pacheco (DEM) em troca da primeira vice-presidência.

Confirmado

Mantida para amanhã (4) a sexta visita do presidente Jair Bolsonaro a Santa Catarina. Desta vez para presidir ato de entrega de 225 automóveis que serão usados pelas APAEs, Centros de Referência de Assistência Social e Centros de Referência Especializados de Assistência Social.

Os veículos serão distribuídos entre 147 municípios e foram comprados com recursos disponibilizados pela bancada federal catarinense. Será às 14h, na Academia Nacional da Polícia Rodoviária Federal, em Florianópolis.

Promessa

Assim que o novo projeto de lei proposto pelo governador Carlos Moisés (PSL), de reforma da previdência dos servidores públicos estaduais for protocolado na Assembleia Legislativa, todas as partes interessadas e, particularmente, representantes da categoria, serão chamados para discutir o assunto à exaustão. Promessa do deputado Mauro de Nadal (MDB), que presidirá a Alesc em 2021. Só para lembrar: o MDB faz parte do governo de Moisés ocupando a titularidade da Secretaria da Educação.

Isso é bom

Vereadores, chefes de gabinete e assessores parlamentares da Câmara de Blumenau frequentaram curso de entendimento sobre o processo legislativo. De extrema importância para se saber a dinâmica de projetos de lei e outras proposições, seus prazos e o fluxo entre o Executivo e o Legislativo, repassado por servidores de larga experiência. Poderiam incluir, todas as câmaras, uma política de relacionamento fora das quatro paredes. Na maioria dos casos, mal se sabe o nome de assessores parlamentares. Outros nem dão sinal de vida.

 

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