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Futebol: Ex-Grêmio, Yuri Mamute relembra momentos da carreira

Atacante do Joinville fala sobre os tempos de promessa brasileira: “Quase parei duas vezes, o futebol é ilusão”

08/02/2024

Futebol: Ex-Grêmio, Yuri Mamute relembra momentos da carreira

Foto: Gustavo Mejía/Joinville

 

Fonte: GE

Força, velocidade e potência, esses são alguns dos predicados do jovem Yuri Mamute. O atacante que surgiu no Grêmio no início da década, foi alçado com apenas 16 anos ao profissional em 2011, ele chegou a ser considerado uma das promessas do futebol brasileiro. A estreia cedo também acabou instigando o imaginário do torcedor gremista, enquanto dava os primeiros passados na base, Mamute também conseguia espaço na seleção brasileira sub-20. Em 2013 chegou a ser campeão e eleito o melhor jogador do Torneio de Toulon, um dos mais tradicionais campeonatos de base do mundo.

 

Se o Mamute atraía os holofotes e uma grande expectativa, a responsabilidade disso tudo recaía sobre os ombros de um Yuri ainda muito jovem. Apesar do sucesso na base, as chances no profissional eram poucas. Foi quando Mamute fez o que muitos jovens em times grandes fazem, começou a rodar. No currículo, Botafogo, Panathinaikos, da Grécia, Náutico, Sagamihara, do Japão, e na última temporada no futebol vietinamita, o atleta defendeu as cores do Hai Phog. Apesar do bom momento na Ásia, Mamute teve que retornar para o Brasil.

 

A volta para o Brasil

O “cigano” da bola teve que além de ser jogador, ser pai, o segundo filho nasceu prematuro em Porto Alegre e ele resolveu retornar. Após um mês na capital gaúcha, veio o convite do JEC. Mesmo chegando faltando pouco menos de uma semana para o Campeonato Catarinense, Mamute já é o artilheiro da equipe tricolor com três gols.

 

Como surgiu o apelido “Mamute”?

O jogador começa respondendo sobre o seu famoso apelido, o “mamute” vem desde que Yuri nasceu e foi dado por um tio. O motivo: o peso do recém-nascido. Ele conta que sua mãe não se importou com o apelido, o que fez com que ele durasse até hoje. “Vem desde pequenininho, meu tio Bispo botou quando eu nasci, desde lá não saiu mais. Eu nasci muito gordo, nasci com cinco quilos e trezentos, por aí. Aí olhou assim, igual um mamutinho”, explicou.

 

Do começo no Grêmio em 2012 até o Joinville em 2024, passando por diversos times, incluindo a seleção de base, Mamute lembra que o futebol é uma carreira de altos e baixos, ao contrário do que as pessoas pensam, e que muitas vezes quis jogar na base, mas que subiu para o profissional muito cedo.

 

“Foi muito importante, para mim foi uma grande experiência que eu tive no Grêmio onde eu comecei. Lá eu tive muitos altos e baixos também, tentei parar duas vezes, porque as pessoas olham muito o futebol e pensam que é muito aquela coisa de dinheiro, fama, mas na verdade o que tem é sonho. Hoje eu estou aqui, quero dar o melhor de mim, e ajudar o JEC a buscar os objetivos”, declarou.

 

Jogador lembra que pensou em parar duas vezes

Mamute fala que pensou em parar duas vezes e que as pessoas não sabem o que se passa com um jogador que sonha em jogar e muitas vezes não pode, como na época do Grêmio, em que ele nunca era escalado devido aos grandes nomes que faziam parte do elenco do Imortal Tricolor.

 

“Sobre parar é algo muito pessoal, que nem eu te falei, é muito emocional, são muitos altos e baixos. No futebol eu me desiludi bastante, quando não tive as minhas oportunidades, aí parei. Depois machuquei o tendão de aquiles, foi quando falei: o futebol é ilusão”, desabafou.

 

Novo momento da carreira

Yuri Mamute agora vive um novo momento da carreira no JEC e diz que voltou a sentir amor pelo futebol, o amor do filho Joaquim pelo esporte também tem encantado o jogador que diz ser apaixonado pelo que faz.

 

Sobre a vinda para o Joinville faltando apenas uma semana para estreia no Campeonato Catarinense, Mamute diz que as expectativas são grandes, mas pretende dar o seu máximo para que a equipe consiga conquistar seus objetivos, ele completa explicando que está recuperando sua forma física.

 

“Sim, voltei do Vietnã, fiquei muito tempo em casa, mas aos poucos vou voltando. Futebol é assim, foi um momento difícil da minha família, mas a gente entra em campo e não tem desculpa, não tem nada. É correr, se dedicar ao máximo, é para isso que o clube conta contigo e é isso que tu tens que fazer”, finalizou.

 

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Foto: Arquivo Pessoal

Foto: Arquivo Pessoal

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Por

Sou Felipe Junior, jornalista formado, na Universidade Regional de Blumenau (Furb), pós-graduado em Jornalismo Esportivo e Multimídias, na Anhembi Morumbi, em São Paulo.

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