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Futebol: Presidente do Brusque revela projeto de estádio próprio

Danilo Rezini fala sobre mercado para a temporada, folha salarial e dificuldades de infraestrutura

03/01/2024

Futebol: Presidente do Brusque revela projeto de estádio próprio

Foto: Luana Gums

Fonte: GE

Potência recente no futebol catarinense, o Brusque quer se estruturar bastante para esta temporada. Já foram 13 renovações e oito contratações, e Danilo Rezini, presidente do clube, disse que neste ano o Quadricolor terá a maior folha salarial da história.

Além disso, Rezini revela um projeto para a criação de um estádio próprio, debate sobre o projeto da Arena Havan e conta sobre as movimentações do mercado do Brusque. A entrevista foi realizada nesta terça-feira (2), na Rádio CBN Florianópolis.

Confira os trechos da entrevista:

Mercado e contratações do Brusque

Cada atleta que vêm é muito avaliado, de todos os aspectos. Tem que ter o DNA do Brusque, tem que vir para querer ganhar alguma coisa, crescer profissionalmente, não querer passear, visitar Balneário Camboriú, tem que vir para trabalhar. Nesse aspecto, temos conseguido errar muito pouco e os resultados estão aí.

Quando acabou a Série C, fizemos uma avaliação no departamento de futebol para ver quais atletas interessavam ao Brusque. Diante desses 20 atletas que tínhamos, ficamos com cerca de 13, os que tiveram um desempenho satisfatório e mostraram o DNA do Brusque. Buscamos mais oito no mercado, contratações pontuais.

Devemos trabalhar no estadual com 20, no máximo 25 atletas. Depois, na Série B, vamos passar por mais uma avaliação de como foi o Catarinense e se houver a necessidade de buscar mais uns quatro, se precisar, a gente vai no mercado. Para o estadual devem vir mais uns dois ou três.

Estamos trabalhando contratos mais longos só se for jogadores mais novos, jogadores de 26 a 28 anos já é complicado. O contrato do Paulinho Moccelin foi dois anos porque teve uma concorrência muito grande, tivemos que abrir mão de algumas coisas.

Folha salarial

Você tem que investir para brigar por alguma coisa, se não, fica na estrada. Estamos montando uma folha na base de R$ 1 milhão por mês, em atletas e comissão técnica. É a maior folha da história do Brusque.

Dificuldades

Estruturalmente somos muito limitados, o Brusque, praticamente, não tem estrutura, então tudo que se faz aqui é com extrema dificuldade. Agora tiveram as enchentes aqui, perdemos nosso CT, ficamos com 1,5 metro de água, jogamos no estádio do Carlos Renaux, enfim, trabalhamos dentro do que podemos fazer.

Porém, com o empenho da diretoria, com o apoio incondicional das empresas, a gente vai trabalhando e as coisas têm acontecido. A gente espera que esse ano não seja diferente, o Brusque com pouco faz muito, temos que errar o mínimo possível.

Estádios para o estadual e a Série B

Temos usado o campo do Carlos Renaux durante os 37 anos de existência do Brusque. Agora está passando por uma melhoria extremamente considerável, mas não vai ficar pronto para o Catarinense, então conseguimos, por intermédio do prefeito de Balneário Camboriú, disputar o estadual no Estádio das Nações.

Estamos melhorando o gramado, fazendo melhorias para imprensa também. Depois, para a Série B, se ocorrer dentro do estabelecido de acabar as reformas do Carlos Renaux, vamos disputar a Série B no Estádio Augusto Bauer. Vai ter campo sintético, aumentar a capacidade para seis mil pessoas, vai ficar bonito.

Se não ficar pronto, precisamos de um estádio no mínimo de seis mil lugares sentados, é uma necessidade. O Estádio das Nações só cabe quatro mil pessoas na arquibancada descoberta e teria que colocar arquibancada móvel, que tem uma série de fiscalizações e alvarás. Não é um estádio para futebol de Série B. Temos que ver, tem o estádio do Barra, que deve inaugurar em abril, mas não tem nada definido.

Estádio da Havan x estádio próprio

Foi um projeto em 2019 com a ideia de criar a Arena Havan. O Luciano Hang iria dar para a cidade e o Brusque, uma arena de 12 mil pessoas. Acabou vindo a pandemia e ele deu uma segurada, ficaram incertezas da questão econômica, e depois não saiu mais do papel.

Porém, temos um terreno de 84 mil metros quadrados, onde pode servir para esse projeto de arena, mas com uma redução de oito a 10 mil pessoas, e também para criar o CT do Brusque lá, que é uma necessidade, não temos.

Tive com o Luciano agora na assinatura do novo contrato de patrocínio e coloquei essa necessidade, ele não deu nenhuma esperança, mas, também, não é nenhuma obrigação dele fazer um estádio gratuito ao Brusque, temos que respeitar isso.

Estamos trabalhando, tem uma outra empresa que se interessou de fazer uma arena. Saímos da Liga Forte Futebol, porque eles queriam passar um valor de Série C e, naquele momento, já estávamos de volta na Série B e nosso conselho não aceitou.

Agora estou negociando com a Libra, no sentido de vir uma verba considerável, na Série B é outra mercadoria. Se vir, acho que dá para dar o pontapé inicial para a gente começar a nossa arena. Precisamos nos estruturar, se fizermos isso eu tenho certeza que nós temos condições de ir bem mais longe no futebol brasileiro.

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Foto: Redes Sociais/Divulgação

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Por

Sou Felipe Junior, jornalista formado, na Universidade Regional de Blumenau (Furb), pós-graduado em Jornalismo Esportivo e Multimídias, na Anhembi Morumbi, em São Paulo.

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