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Grupo do Gemellaggio lembra os 145 anos da Colônia Luiz Alves

O Grupo tem alguns projetos que busca resgatar e preparar a comemoração do sesquicentenário da chegada dos primeiros grupos de italianos na sede do núcleo colonial.

29/11/2022

O Grupo do Gemellaggio de Massaranduba realizou no sábado, no Pesque Pague Três Lagoas, no Alto Guarani-Mirim, um encontro para celebrar os 145 anos da chegada dos primeiros imigrantes italianos à Colônia Vale do Rio Luiz Alves. O grupo multidisciplinar se reúne regularmente para tratar da preservação da história, da cultura, da língua e dos hábitos trazidos pelos imigrantes, para que não se apague, haja vista a pouca informação oficial existente.

De acordo com o coordenador José Valdir Ronchi, alguns avanços já foram obtidos, mas lentos. A preocupação é com a preservação da memória pelo desinteresse das gerações mais jovens pela sua própria história. O Grupo do Gemellaggio tem alguns projetos que busca resgatar e preparar a comemoração do sesquicentenário da chegada dos primeiros grupos de italianos na sede do núcleo colonial, no barracão que ficava numa clareira aberta na mata virgem, na confluência dos rios Luís Alves e Serafim.

A data oficial é 29 de novembro de 1877. A área territorial da Colônia “Vale do Rio Luiz Alves” era de 12 léguas quadradas. Isto significava, em fins de setembro de 1877, que haviam sido demarcados 224 lotes, e em novembro do mesmo ano, a Colônia “Vale do Rio Luiz Alves” iniciou o seu povoamento, os italianos e os austríacos foram os pioneiros na colonização da região, sendo seguidos pelos alemães e portugueses.

Em 29 de novembro de 1877 chegava o primeiro grupo de 79 colonos, o segundo em 10 de dezembro e o terceiro grupo em 30 de dezembro de 1877. Foram esses colonos italianos e austríacos que ocuparam os primeiros 52 lotes, sendo 28 lotes às margens do Rio Luiz Alves e 24 lotes às margens do Ribeirão Braço do Norte.
Já os colonos alemães ocuparam 11 lotes às margens do Ribeirão Máximo, enquanto os colonos nacionais, os “brasileiros” tiveram 30 lotes às margens do Ribeirão Serafim e, por último, os portugueses, que ocuparam o Rio do Peixe.

Descendentes ainda preservam cultura herdada dos antepassados

De acordo com Valdir Ronchi, “hoje ainda encontramos muitas famílias descendentes de imigrantes nas regiões onde teve início a Colônia: os hábitos, a cultura e a culinária foram em parte preservadas. Encontramos na região descendentes de imigrantes que ainda preservam o dialeto falado pelos antepassados que imigraram para essas terras na segunda metade do século 19”, conta.

E segue: “com o passar do tempo muita coisa da história da grande imigração se perdeu, o resgate desse legado é feito, em parte, por grupos simpatizantes do italianismo da região, mas podemos ver o pouco interesse por parte dos jovens. É preciso compilar o máximo de lembranças possível sobre esse evento para que no futuro, quando alguém procurar informações sobre esse histórico acontecimento, sejam encontradas”, completa.

 

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