Jaraguá do Sul | 25/01/2021 | Atualizado em: 31/08/21 ás 19:23

“Já estamos sofrendo com as consequências da covid. Não precisamos sofrer mais se temos uma vacina”, diz enfermeira vacinada em Jaraguá do Sul

Vacinação contra o coronavírus continou nesta segunda-feira (25). Mais de 1.300 profissionais da saúde serão imunizados no município 

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Por trás da máscara da enfermeira Polliane Beatriz Trainoti, há um sorriso de felicidade. Sentimento de esperança para a profissional que está no combate ao coronavírus desde o início da pandemia e recebeu a dose da Coronavac, vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan. A imunização ocorreu na manhã desta segunda-feira (25) no Hospital e Maternidade Jaraguá. 

Para Polliane, todo esse drama enfrentando por médicos e enfermeiros que atuam na linha de frente mostrou que a união faz a força e é preciso manter os cuidados até que todos sejam imunizados. 

“Muitas vezes eu vi óbitos, famílias sofrendo por algo que nínguem esperava. A gente agora consegue ver uma luz no fim do túnel”, disse ela poucos minutos antes de ser vacinada. 

Além de Trainoti, logo em seguida  foi a vez da técnica de enfermagem Edith de Fatima Pangartte Cardoso e outros profissionais da unidade hospitalar serem imunizadas com as 320 doses entregues pela Secretaria de Saúde.  A expectativa é concluir a vacinação até terça-feira (26). Ao total, 1322 profissionais serão imunizados no município.

Na sexta-feira (22), foi concluída a etapa de vacinação de trabalhadores do Hospital São José, local que vem servindo de referência no atendimento aos pacientes de Covid-19 na região.

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De acordo com o diretor executivo do Hospital Jaraguá, Sérgio Luís Alves, a chegada do imunizante é um momento histórico para Jaraguá do Sul e acredita que o índice de internações irá diminuir com a vacina.

“Nós tivemos mais de 36 vidas perdidas na nossa instituição. Espero que esse cenário mude daqui alguns meses”, comenta Alves. 

Entre pacientes que superaram a covid-19 e de pessoas que perdaram algum familiar, todas as histórias marcaram a trajetória de Polliane.

“É uma doença muito grave e muitas vezes imprevisível. As vezes o paciente chega para nós em estado grave, o quadro de saúde evolui positivamente e quando vamos ver ele piora, acaba tendo outras complicações e vindo a óbito. É muito difícil”, lamenta.

Mesmo recebendo a dose,  Polliane deve esperar pelo menos mais duas semanas para estar completamente imunizada. Segundo ela, até que a pandemia tenha um fim é preciso que a população mantenha os cuidados para que gestos simples como beijos e abraços voltem a fazer parte da rotina de muitas famílias. 

Como profissional da saúde e estando diariamente vendo o sofrimento de pacientes que se infectaram, ela faz um alerta para que a população não se deixe enganar com notícias enganosas sobre a eficácia das vacinas desenvolvidas por cientistas que tem experiência na área.

“A vacina sempre salvou vidas. Tem doenças que não existem mais por causa de vacinações e com o covid também será assim. Confiem, a gente não sabe como será o futuro. Hoje a gente já está sofrendo com as consequências da covid. Não precisamos sofrer mais se temos uma vacina”, reforça.

Segundo a secretaria de saúde, após todos profissionais da saúde receberam os lotes do imunizante nesta primeira etapa, será a vez dos idosos que vivem em cinco institutos de longa permanência serem vacinados. Toda a campanha de vacinação contra o coronavírus irá seguir as recomendações do Ministério da Saúde. 

Confira a reportagem

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