Saúde

Macaco morto no Rio da Luz tinha o vírus da febre amarela

O animal foi encontrado sem vida no pátio de uma residência no bairro Rio da Luz, no mês de dezembro. A única forma de transmissão do vírus é pela picada de mosquitos. Não há transmissão diretamente a partir dos macacos

05/02/2020

A Diretoria Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde recebeu na sexta-feira (31) o resultado de exame do Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina), que confirmou o segundo caso de morte de macaco por febre amarela no município. O animal foi encontrado sem vida no pátio de uma residência no bairro Rio da Luz, no mês de dezembro.

Segundo o setor de Vigilância, desde o início deste ano já foram encontrados oito macacos mortos em Jaraguá do Sul, todos da espécie Bugio, justamente entre os bairros Rio Cerro e Rio da Luz, zona de mata. No entanto, em apenas três deles foi possível coletar amostras para envio ao Laboratório Central, na Capital do Estado.

A supervisora de Controle de Zoonoses da Secretaria, Aline Cristiane Borba Monteiro, reforça que o óbito de macacos em determinada área é um dos principais indícios de circulação do vírus, servindo como um alerta. “Os macacos são como sentinelas para o sistema de vigilância em saúde. Daí, a importância de se preservar esses animais. A única forma de transmissão do vírus é pela picada de mosquitos. Não há transmissão diretamente a partir dos macacos”, esclarece.

Somente a vacinação deixa os humanos imunes à doença

O vírus da febre amarela está circulando na região. Para os humanos, a única forma de não ficar contaminado é por meio da vacina. Desde 2018 é realizado um trabalho intenso no Município, de orientação e chamada para a vacinação, mas, apesar dos esforços e campanhas, estima-se que mais de 15 mil pessoas ainda não estão imunizadas contra a doença.

O chamamento é para que essas pessoas procurem um posto de saúde e verifiquem sua situação. Quem tem mais de 60 anos deve conversar com um médico ou enfermeiro antes de tomar a dose. Além da morte de macacos, a internação de dois pacientes com suspeita de febre amarela no município reforça a necessidade de que as pessoas que ainda não se vacinaram procurem um posto de saúde. Uma criança de 12 anos chegou a ser internada, mas foi liberada e aguarda resultado de exame. Outro paciente foi transferido na sexta-feira para o Hospital Nereu Ramos, em Florianópolis, referência neste tipo de atendimento. Os exames confirmaram a febre amarela.

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