Santa Catarina

Municípios de SC: maioria não está preparada para desastres climáticos

Municípios de Santa Catarina admitem não estar preparados para o aumento da ocorrência de eventos climáticos extremos como secas, inundações e outros desastres naturais

23/05/2024

Isso é preocupante. Seis em cada 10 municípios de Santa Catarina admitem não estar preparados para o aumento da ocorrência de eventos climáticos extremos como secas, inundações e outros desastres naturais. A conclusão é de uma pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), feita com 3,5 mil cidades do país e divulgada na segunda-feira (20).

 

Segundo o levantamento, 61% das cidades catarinenses consultadas consideraram que o município não está preparado para enfrentar o aumento de eventos climáticos extremos. Outros 32% consideraram a cidade preparada, enquanto 4% disseram desconhecer previsões que afetem o município e 2% não responderam.

 

municípios

No Brasil, o número de municípios que admitiram não estar preparados para eventos extremos foi maior: 68%. A maioria dos municípios consultados apontou que os motivos de a cidade não estar preparada são a necessidade de capacidade técnica (74%) e financeira (94%).
Em Santa Catarina, 49% dos municípios informaram possuir setor ou pessoa responsável por monitorar essas áreas de risco, enquanto 41% disseram não ter.

 

No Brasil, 38,7% dos municípios possuem essa estrutura ou profissional responsável, e 43,7% não possuem.

 

Outro dado pesquisado foi a existência ou não de sistemas de alerta para desastres, móvel ou fixo. Em SC, 47,8% admitiram não contar com essa estrutura de alerta. Dos que informaram possuir, 43% oferecem sistemas com envio de SMS, redes sociais e aplicativos, 9% com veículos com sirenes e sistema móvel de aviso, e 2,4% com sistema fixo, com alto falantes e sirenes.
No Brasil, 57% dos municípios não contam com nenhum sistema de alerta.

 

Prejuízos com desastres naturais chegam a R$ 540 bilhões em 11 anos

 

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) divulgou na segunda-feira (20), um balanço sobre os impactos causados por desastres naturais no Brasil durante os últimos 11 anos. Entre 2013 e 2023, a entidade estima que os prejuízos ao país, no total, foram de R$ 639,4 bilhões. Além disso, somente nos cinco primeiros meses de 2024, os desastres já causaram uma perda de R$ 32,1 bilhões.

 

A CNM estima que o prejuízo para o país, desde 2013, é de R$ 671,5 bilhões, o que deve se agravar ainda mais, diante dos desastres provocados pelas chuvas desde o fim de abril, no Rio Grande do Sul. Durante esse tempo, 5.233 municípios de todo o país foram afetados por algum tipo de desastre natural, o que implica em quase todas as cidades brasileiras.

 

Do total de prejuízos calculados pela entidade, R$ 392,6 bilhões foram para o setor privado, enquanto que R$ 165,8 bilhões foram materiais e R$ 81 bilhões aos cofres públicos municipais. Ao todo, 4,1 milhões de brasileiros ficaram desalojados (sem perda total da casa), 925,8 mil desabrigados (com perda total). Foram contabilizadas 2.667 mortes por conta de desastres durante os últimos 11 anos.

 

Entre 2013 e 2023, o governo federal autorizou o repasse de R$ 9,5 bilhões para ações do gênero. No entanto, apenas R$ 3 bilhões chegaram aos cofres municipais. Somente neste ano, entre janeiro e maio, o governo liberou o total de R$ 1,5 bilhão, mas pagou somente R$ 185,8 milhões, de acordo com a CNM.

 

Bancada Federal garante R$ 95 mi contra chuvas e enchentes em SC

 

A bancada federal de Santa Catarina conseguiu o repasse de uma emenda de mais de R$ 95 milhões para o enfrentamento às chuvas e enchentes no estado. A pedido do governador Jorginho Mello, os parlamentares vão destinar os recursos para o melhoramento fluvial e a construção de diques em cidades da região do Alto Vale e do Médio Vale do Itajaí. O dinheiro faz parte do Orçamento da União e é liberado pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.

 

O secretário de Estado da Proteção e Defesa Civil, coronel Fabiano de Souza disse que o recurso irá fortalecer ainda mais ações de prevenção e proteção. No dia 11 de maio foi dado início o processo de dragagem do Rio Itajaí-Açu. A ação prevê melhorias que visam mitigar e prevenir as cheias no Alto Vale do Itajaí, região que de forma recorrente é uma das mais atingidas em Santa Catarina.

 

A medida é uma forma de evitar que cenas como a das enchentes de 2023 voltem a se repetir no Vale do Itajaí como um todo.

 

 

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