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Nada de novo no front

Um inquérito policial que não deve ser concluído tão cedo já arrola dúzias de pessoas envolvidas na compra fraudulenta dos 200 respiradores pulmonares que viriam da China. E pelos quais o Estado pagou R$ 33 milhões adiantados

11/05/2021

Como o previsto, os deputados Marcos Vieira (PSDB), José Milton Scheffer (PP), Valdir Cobalchini (MDB) e Fabiano da Luz (PT) cumpriram a palavra dada, votaram novamente a favor de Carlos Moisés (PSL) que se livrou do segundo impeachment (compra dos 200 respiradores pulmonares). Agora em definitivo. Tão logo voltou promoveu uma demissão em massa de todos os nomeados pela até então governadora interina Daniela Reinehr (sem partido/na foto deixando o comando do governo). Nada menos que 82 comissionados foram despedidos.  Como ela o fez com gente de confiança de Moisés.

Onde está o dinheiro?

Um inquérito policial que não deve ser concluído tão cedo já arrola dúzias de pessoas envolvidas na compra fraudulenta dos 200 respiradores pulmonares que viriam da China. E pelos quais o Estado pagou R$ 33 milhões adiantados. Da encomenda, 50 (a Polícia Federal recolheu) foram entregues, porém em outro modelo que não aquele para uso em UTIs com pacientes com a Covid 19. Afinal, onde está o dinheiro? O gato comeu?

Rodovias federais

Moisés deve revogar atos de Daniela. Um deles sustando R$ 250 milhões do Estado para rodovias federais. O projeto original não previa trecho da BR-280 (São Francisco do Sul/Jaraguá do Sul) e R$ 100 milhões foram acrescidos. Seria inconstitucional porque o Legislativo não pode gerar despesas ao Executivo. Mas, emendas ao orçamento é prerrogativa dos deputados. Então, como fazer? A solução estaria em um segundo projeto, de R$ 100 milhões, mantendo o primeiro.  

Os derrotados

Nas duas tentativas de se tirar o mandato de Carlos Moisés (PSL), quatro derrotados se sobressaem:  a vice-governadora Daniela Reinher (sem partido), o ex-deputado Gelson Merisio (PSDB) e o senador Jorginho Mello (PL), ambos em campanha aberta para governador e que trabalharam muito para derrubá-lo. Ela querendo ser deputada estadual. E o deputado Laércio Schuster (PSB), que votou contra Moisés em troca de cargos no governo de Daniela. 

“Julgamento político”

E mais os cinco desembargadores do Tribunal Especial de Julgamento, ignorando manifestações do Superior Tribunal de Justiça, Polícia Federal, Ministério Público Federal e Estadual, Tribunal de Contas do Estado, Procuradoria Geral da República, pela inocência de Moisés. Que, por sua vez, considerou que o julgamento foi “totalmente político”, incluindo os desembargadores. “Instituições não podem ser utilizadas para fins políticos”, acusou o governador.

Antidio em campanha

A partir de agora o prefeito Antidio Lunelli (MDB) tem trabalho dobrado. Além de comandar o Executivo ao longo da semana, entre sextas-feiras e domingos acompanha a comitiva do MDB que percorre todo o Estado para apresentar os três pré-candidatos a governador em 2022: ele, o senador Dario Berger e o deputado federal Celso Maldaner. No domingo (10) fez seis anos da morte do senador Luiz Henrique da Silveira, único nome do MDB catarinense, durante décadas, respeitado e temido até mesmo pelos seus inimigos políticos. Lideranças regionais e estaduais foram ao túmulo dele, no cemitério municipal de Joinville, prestar homenagem.

Menos gastos com energia

Está pronto para ser votado em plenário um projeto de lei da deputada Ada de Luca (MDB), que obriga escolas da rede pública estadual, presídios e penitenciárias catarinenses a instalar painéis solares fotovoltaico. A medida vai reduzir as despesas do Estado (e do contribuinte) com energia elétrica, impactando na preservação ambiental e possibilitando investir os recursos economizados em outras ações nas áreas de educação e segurança pública.

Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

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