Segurança

Novo filhote do canil do 14º BPM está em treinamento para substituir o pai que se aposenta

Diferentemente dos cães domésticos, onde se aprende a dar a patinha, por exemplo, os cães policiais não aprendem esses comandos

29/10/2021

Além de fofos e extremamente obedientes, os cães policiais são treinados para serem “a estrela do show” em uma ocorrência quando solicitados. Os treinamentos em forma de brincadeira e recompensas, iniciam quando eles ainda são bem novinhos. Conforme o condutor do Thor, o mais novo “estagiário” do canil setorial, soldado Adriano Fietz, com 45 dias eles são desmamados e vêm para os policiais.

“Inicialmente é feito o laço entre condutor e cão e, após isso, iniciam os trabalhos diários de obediência, início de guarda e proteção e socialização em diversos ambientes”. O primeiro trabalho de socialização do filhote de quase cinco meses, foi no dia 23 de agosto. “Nesse dia foi o início dele na viatura. Foi a primeira vez que ele foi para a rua “trabalhar'”, comenta o soldado.

Thor ainda está em fase de treinamento, então ele apenas acompanha os demais cães do 14º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Jaraguá do Sul para ir aprendendo, através de exemplos caninos, o que ele terá que fazer como a guarda e proteção, faro de droga e armas e capturas de foragidos.

“Essa raça [pastor Belga de Malinois] é extremamente valente. Ela é mundialmente recordista de apreensão de drogas e captura de pessoas”, salienta Fietz ao dizer que esses cães fazem a chamada tripla função, excelente para um setorial pequeno como o do 14º que conta com cinco cachorros, sendo dois em treinamento – um já atuante e outro em desenvolvimento – e três oficiais.

A primeira ocorrência efetiva de Thor deve ser daqui a um ano e meio, dois anos, quando ele estará 100% pronto. E detalhe, ele irá ocupar o pai, Odin, que se aposenta no ano que vem. Segundo Fietz, os cães policiais se aposentam com oito anos de efetivo ou dez de idade.

Diferentemente dos cães domésticos, onde se aprende a dar a patinha, por exemplo, os cães policiais não aprendem esses comandos. Eles são treinados para o que vão vivenciar no dia a dia.

Segundo o condutor do Thor, ele já sabe sentar e girar para os dois lados. Ao longo dos próximos meses, ele irá aprender outros comandos. Fietz fez questão de salientar que ao contrário do que se pensa, os cães não têm contato com a droga.

“Eles são treinados para localizar o entorpecente pelo odor, sem chegar perto ou morder”. É a mesma analogia dos humanos com a gasolina, não a tomamos para saber que aquele cheiro é de gasolina.

E se treinar um cachorro doméstico leva tempo, treinar um cão policial leva mais ainda. De acordo com o capitão Anderson Andrey, o canil tem uma atuação específica e o reforço dos novos cães – Thor em desenvolvimento e da irmã já atuante, mas ainda filhote – vem suprir essa necessidade.

“A formação desses animais para atuação no serviço requer tempo, treinamento e muita dedicação. É um treinamento completo onde o operador se dedica quase que diuturnamente para que esse cão fique em condições de operar”, salienta.

E um dos privilégios do 14º Batalhão destacados por Fietz, é que os cães moram com seus condutores. Ele, por exemplo, mora com Odin e Thor.

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