Cotidiano | 26/05/2025 | Atualizado em: 26/05/25 ás 15:53

Operação expõe passo a passo da ação de grupo que falsificava medicamentos e vendia nas redes sociais

Foto: Polícia Civil

A Polícia Civil de Santa Catarina deflagrou na manhã desta segunda-feira (26) a Operação Reação Adversa, com o objetivo de desmontar um esquema criminoso de falsificação e venda ilegal de medicamentos e anabolizantes. A ação ocorreu em Jaraguá do Sul, Barra Velha e Canoinhas, além de Catalão (GO), com apoio das polícias civis de SC e Goiás, da Delegacia de Investigação à Lavagem de Dinheiro da DEIC, do Laboratório de Tecnologia em Lavagem de Dinheiro e de delegacias regionais.

Modus operandi detalhado

O esquema operava com uma cadeia organizada de ações:

  1. Aquisição de medicamentos vencidos – Os suspeitos obtinham remédios fora do prazo de validade, de forma ainda não divulgada pela investigação.
  2. Remoção das datas originais – As embalagens desses produtos eram manipuladas para remover os registros de validade vencida.
  3. Adulteração com novas datas – Após a remoção, novas datas de validade eram aplicadas nos produtos, fazendo-os parecer próprios para uso.
  4. Produção de embalagens falsas – Uma gráfica, que fazia parte da estrutura criminosa, confeccionava caixas idênticas às originais, o que aumentava o poder de convencimento do produto falsificado.
  5. Distribuição pelas redes sociais – Os medicamentos adulterados eram vendidos principalmente via redes sociais, com preços abaixo dos valores de mercado para atrair compradores.
  6. Diversificação do material vendido – Além do medicamento falsificado para emagrecimento (caso que deu origem à investigação), o grupo também comercializava anabolizantes, remédios abortivos e outros medicamentos proibidos pela legislação brasileira.

Impacto e prisões

A investigação começou após uma mulher sofrer complicações graves de saúde ao utilizar um falso Ozempic. Durante a operação, foram efetuadas duas prisões, uma delas por mandado e outra em flagrante, além da apreensão de veículos de luxo e imóveis, adquiridos com os lucros da atividade criminosa.

Os investigados podem responder por crimes como falsificação de medicamento, lavagem de dinheiro e até tentativa de homicídio com dolo eventual.

A Polícia Civil reforça que qualquer pessoa que tenha adquirido medicamentos ou anabolizantes do grupo não deve utilizar os produtos. Caso já tenha feito uso e passado mal, a orientação é procurar uma delegacia para registrar a ocorrência. O sigilo é garantido.

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