Jaraguá do Sul

Conheça o parque que alaga de propósito para evitar estragos das enchentes em SC

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27/05/2024

O Parque Linear Via Verde, que inunda propositalmente em dias de muita chuva em Jaraguá do Sul, no Norte de Santa Catarina, é espaço de lazer em dias comuns.

 

Com amplo espaço verde, o parque, ele disponibiliza atrações como ciclovia, praça infantil, academia, pista de skate, quadras para esporte, de concreto e areia, e ainda é possível contemplar, dele, o pôr-do-sol.

Conheça o parque que alaga de propósito para evitar estragos das enchentes em SC

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Recomendado pelo Ministério Público de Santa Catarina, que possui um grupo de trabalho para diagnosticar, mapear e regulamentar o uso das áreas sujeitas a inundações, o espaço se inspirou em áreas de Nova Ioque e Holanda.

 

Segundo o promotor de justiça da Defesa do Meio Ambiente de Jaraguá do Sul, Alexandre Schmitt dos Santos, a estrutura foi pensada para suportar as cheias.

 

“Todos os equipamentos implantados aqui são de metal, plástico ou concreto, de modo que, a partir do momento em que o rio baixa, eles podem ser higienizados e se volta a utilizá-los normalmente, sem maiores prejuízos”, afirma.

ENTENDA: Como funciona mecanismo de parque alagável de SC

O mecanismo evita que ruas e casas sejam atingidas pela cheia do rio Itapocu, que corta o município, através de uma área de escape da água da enchente, feita a partir da escavação de uma região de pastagem.

Conheça o parque que alaga de propósito para evitar estragos das enchentes em SC

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O complexo, conforme o município, alaga em momentos de chuvas mais intensas para represar a água do rio. Após higienização, os equipamentos podem voltar a ser usados normalmente.

 

Dados disponibilizados pela Defesa Civil do município mostram que a área tem ajudado a minimizar os estragos causados por tempestades.

 

Em 2022, já com o mecanismo em funcionamento, Jaraguá do Sul terminou o ano com 339,3 milímetros de chuva acima do esperado. Apesar disso, o município registrou pouco mais de 20 ocorrências, entre quedas de árvores, deslizamentos e outras sem gravidade. Ninguém precisou sair de casa.

 

Antes da estrutura ficar pronta, os números eram outros, de acordo com a prefeitura:

Em 2008, por exemplo, os meses de outubro e novembro registraram, respectivamente, 327,9 e 318,3 milímetros. Na ocasião, foram 1,5 mil pessoas desalojadas, 15 famílias desabrigadas, 7 mil casas atingidas, 15 casas destruídas e 13 mortes.

 

Em junho de 2014, o município registrou 280,6 milímetros. Foram 130 pontos de alagamento, e 90 pessoas tiveram de se abrigar em abrigo do município e outras centenas em casas de parentes ou de conhecidos. O município ficou sem fornecimento de água potável por horas. Mais de 50 deslizamentos foram registrados.

 

De 6 a 8 de junho de 2011, o município registrou 376 milímetros. 70 mil pessoas foram atingidas pelas cheias (50% do município), 90 pessoas ficaram desabrigadas e centenas de desalojadas. Foi atingida 70% da área urbana da cidade.

 

 

Fonte: G1

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Por

Estudante da 5ª fase de Design, curiosa por natureza e apaixonada pelo que faz.

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