Educação

Pesquisadores da UFSC listam 17 das 25 espécies de fungos catarinenses ameaçadas de extinção

Dez delas podem ser encontradas no Parque Nacional de São Joaquim, na Serra catarinense

01/02/2022

Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) listaram 17 espécies das 25 catarinenses ameaçadas de extinção no Brasil e que fazem parte da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), um dos principais inventários do mundo sobre estado de conservação de animais, fungos e plantas.

Dez delas podem ser encontradas no Parque Nacional de São Joaquim, na Serra catarinense. O levantamento também inclui um fungo especialista em controlar as formigas no Vale do Itajaí e um líquen que é encontrado apenas entre as dunas da Praia de Itapirubá, em Imbituba, no Sul catarinense.

O professor doutor em biologia de fungos Elisandro Ricardo Drechsler dos Santos, de 42 anos, atua na taxonomia de macrofungos há 20 anos, explica que no Brasil foram encontradas pelo menos 36 espécies ameadas distribuídas em dois filos (Ascomycota e Basidomycota) e oito ordens, e a maior parte está ameaçada de extinção em algum grau.

“Sabemos que os fungos são um componente essencial para a saúde de qualquer ecossistema terrestre. Estes organismos são responsáveis pela ciclagem de nutrientes ao decomporem a matéria orgânica. Esta capacidade dos fungos garante que os nutrientes não sejam ‘perdidos’ e voltem para o ecossistema. O mesmo carbono infiltrado no solo, por ação dos fungos, pode voltar a constituir o corpo de qualquer planta ou animal, incluindo nós seres humanos. Mas para além desse serviço ecossistêmico importantíssimo, temos ainda todas as interações ecológicas que eles fazem parte”, afirma.

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