Colunas

Política e Políticos – O MDB reage

Política e Políticos – Celso Machado comenta os principais acontecimentos da política catarinense

22/05/2024

Política e Políticos – e-mail da coluna: jornalismo@jdv.com.br

 

O MDB não cogita sair agora do governo de Jorginho Mello (PL), que cooptou prefeitos e vereadores do partido hoje filiados ao PL. Mas dá o troco, exigindo mais espaço na vitrine política do Executivo. O MDB já tem a Secretaria da Infraestrutura, com o deputado licenciado Jerry Comper. Mesmo assim, as queixas são frequentes porque o programa “Estrada Boa”, criado como a redenção das estradas estaduais, não anda rápido.

 

pol

 

Politicamente, prejudica deputados e prefeitos do MDB. Presidente do diretório estadual, Carlos Chiodini, tem-se desdobrado entre a campanha para prefeito de Itajaí e o papel de “bombeiro” na relação Jorginho Mello/deputados. Uma conversa entre a bancada estadual e o governador está agendada, para o início de junho.

 

 

CURTAS

 

*Está nas mãos da presidente da Comissão de Comissão e Justiça da Câmara dos Deputados, Caroline de Toni (PL) projeto de lei do senador Styvenson Valentim (Podemos/RN), propondo a castração química voluntária para condenados, mais de uma vez, por crimes sexuais, como estupro.

 

*O criminoso poderá optar pelo tratamento hormonal e obter liberdade condicional. Nos Estados Unidos, alguns estados já utilizam a castração química desde 1944. A Argentina adotou a medida há 14 anos, em 2010. Em países como Austrália, Reino Unido e Noruega, esse método também é praticado. A proposta do senador data de 2019.

 

*Bancada federal catarinense (19 parlamentares) vai liberar R$ 95 milhões em emendas ao Orçamento da União. Para dragagem de rios e a construção de diques no Alto e Médio Vale do Itajaí. Mas só se “coçaram” a pedido do governador Jorginho Mello (PL). Porque costumam “guardar” o dinheiro para políticas de varejo, preferencialmente em anos eleitorais.

 

*Aliás, quase metade disso (R$ 40,5 milhões) os “nobres” federais gastaram com passagens aéreas, combustíveis, divulgação, equipes de gabinete (assessores, entre 15 e 50), remuneração mensal (salários), auxílio-moradia e viagens oficiais em 2023.

 

*Ainda em 2023, os três senadores catarinenses gastaram, juntos, R$ 1,3 milhão em valores arredondados. Esperidião Amin (PP), R$ 573 mil; Ivete Appel da Silveira (MDB) R$ 474 mil e Jorge Seif (PL) R$ 308 mil. Mantida a média/ano, é fácil imaginar o custo coletivo dos três em mandatos de oito anos. Aliás, nas contas do Congresso não se usa a palavra “gastos” e, sim “recursos”.

 

*Vereadores pedem banheiros públicos na Praça Eduardo Zanghelini, localizada em Nereu Ramos, no caminho para Corupá. Isso faz lembrar que Jaraguá do Sul tem um único banheiro público, recém-aberto na Praça Ângelo Piazera (Centro). Equipamento inexistente, também, em cidades do tamanho de Joinville e Blumenau (exceto na rodoviária).

 

 

Política e Políticos – e-mail da coluna: jornalismo@jdv.com.br

Lula pede “civilidade” na eleição

 

A Federação de Consórcios, Associações de Municípios e Municípios de Santa Catarina levou para Brasília 104 prefeitos, 33 vices, 151 vereadores e 306 representantes de associações de municípios e consórcios. É a 25ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios que, salvo melhor juízo, na prática não produz eco no Palácio do Planalto. E nem em seu entorno.

 

 

Mas o que nunca falta é a falação política dos presidentes de plantão. Mas, desta vez, digamos que foi original o discurso de Lula da Silva (PT) aos agentes públicos: “Não permitam que as eleições neste ano façam com que vocês percam a civilidade”. Visto o autor da frase, dispensa-se comentários.

 

 

Política e Políticos – e-mail da coluna: jornalismo@jdv.com.br

 

VIA BRASIL

 

*Quanto ao PT, nada de novo. Sérgio Moro é inimigo do partido em terras da deputada federal Gleise Hoffmann, também presidente do diretório nacional petista, por conta da Lava Jato que levou Lula da Silva (PT) para a cadeia. Cassar Moro abriria chance de eleger Gleise para a vaga do senador do União Brasil. Mas, para o PL foi uma derrota acachapante no Tribunal Superior Eleitoral.

 

*Gastos de campanha, caixa 2, foram apenas pretextos para justificar as ações. Que, no caso do PL, pretendia punir Sérgio Moro, ex-ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro, por ter deixado o ministério (e depois o PL), ao sentir-se rejeitado por não poucos no âmbito do governo por suas ideias e propostas. E ter dito isso em entrevistas à imprensa.

 

*Não por acaso o TSE rejeitou as duas ações contra Moro. Até porque um placar de 7 votos a 0 (a favor de Moro) não é corriqueiro. E aí incluído o voto do imprevisível ministro Alexandre de Moraes contra a cassação. A acusação era de caixa 2 (R$ 777 mil) em gastos na pré-campanha, incluído segurança pessoal depois de ameaças do PCC.

 

*Presidindo o Tribunal, Moraes disse saber o que é ser ameaçado pelo PCC, lembrando a operação da Polícia Federal que revelou a existência de um plano para sequestrar o ex-juiz federal. E argumentou que os gastos de Moro com segurança privada e carro blindado, questionados pelos partidos nas ações, não deveriam ser contados como gastos eleitorais.

 

Política e Políticos – e-mail da coluna: jornalismo@jdv.com.br

“Mentiras e falsidades”, diz Moro

 

“O TSE rejeitou as ações que buscavam, com mentiras e falsidades, a cassação do meu mandato”, atacou o senador Sérgio Moro logo depois de encerrada a sessão do Tribunal Superior Eleitoral. E arrematou: “Foram respeitadas a soberania popular e os votos de quase dois milhões de paranaenses. No Senado, casa legislativa que integro com orgulho, continuarei honrando a confiança dos meus eleitores e defendendo os interesses do Paraná e do Brasil”. Moro, eleito senador em 2022, fez 1.953.159 votos.

 

 

Quer saber das notícias de Jaraguá do Sul e Região primeiro? Participe do nosso grupo de WhatsApp ou Telegram!

Siga nosso canal no youtube também @JDVonline

Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

Notícias relacionadas

x