Economia

Preço do arroz começa a se estabilizar, avalia Epagri/Cepa

Os preços ao produtor em Santa Catarina vem dando sinais de estabilidade nas últimas semanas

26/11/2020

Boi gordo, suínos e leite estão com preços em alta, assim como grãos. A estiagem atinge os cultivos e os efeitos começam a aparecer na diminuição de área plantada e queda na qualidade. Está tudo detalhado no Boletim Agropecuário de novembro, documento emitido mensalmente pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa) com avaliação das principais cadeias produtivas catarinenses, divulgado esta semana.

Em relação ao arroz, muito cultivado na região, em especial em Massaranduba e Guaramirim, os preços pagos ao produtor mantiveram-se estáveis em patamar elevado entre outubro e a primeira quinzena de novembro. O plantio da safra 2020/21 avança com tendência de desenvolvimento normal e a expectativa é de que os preços voltem a apresentar comportamento esperado ao longo dos anos.

“Contudo, não é possível afirmar se os preços cairão aos níveis praticados nos anos anteriores. Além disso, a elevação dos custos de produção desta safra gera preocupação quanto à margem a ser obtida pelos produtores na comercialização”, registra a Epagri/Cepa.

Os preços ao produtor em Santa Catarina vem dando sinais de estabilidade nas últimas semanas. O preço médio de outubro foi cerca de -1% em relação ao preço de setembro, enquanto na primeira quinzena de novembro não houve variação em relação ao preço de outubro. Isso se deve ao fato de ocorrer pouca comercialização neste período.

A safra 2020/21 está em fase final de plantio e o volume colhido da safra 2019/20 já foi praticamente todo negociado, restando cerca de 3% da produção em estoque. Comparando o comportamento esperado para os preços e o observado neste ano de 2020 em Santa Catarina, observa-se que, guardadas as proporções pelo momento atípico do mercado, este é um período em que os preços começam a mostrar sinais de estabilidade e devem se manter assim até a entrada da colheita da próxima safra.

 

Levantamento mostra que semeadura da nova safra está concluída

 

De acordo com a análise do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa) a estimativa inicial da safra 2020/21 aponta para uma estabilidade na área plantada, em torno de 149 mil hectares. Desta área, cerca de 97,49% já foi semeada até a primeira semana de novembro.

Em relação à comparação com as safras anteriores, o plantio segue ritmo normal, levemente adiantado em relação à safra 2019/20, que atrasou em função da estiagem. No litoral Norte do Estado começam a surgir relatos de ocorrência de brusone, especialmente explicada pelo clima favorável, combinando calor, pouca chuva e dias nublados.

Nas demais regiões do Estado, não há relatos de problemas relacionados à safra, apesar da escassez de água e baixa precipitação. Em relação à produção e produtividade, é esperada uma redução de 5,67% em comparação à safra anterior.

Isso decorre do fato de que na safra passada, 2019/20, a produtividade média obtida foi superior às observadas nos anos anteriores, especialmente no sul do Estado, graças a uma conjunção de fatores, como a distribuição das chuvas, luminosidade adequada, uso de cultivares de alto potencial produtividade e incremento tecnológico.

A previsão é de que produtividade deve retornar a um patamar tido como normal para o Estado. Em relação à condição de lavoura, aproximadamente 99% encontra-se em situação boa ou ótima, o que indica até o momento que as lavouras estão se desenvolvendo normalmente.

 

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