Prefeitos e Vereadores do Norte de SC são presos na 4ª fase da Operação Mensageiro

A 4ª fase da Operação Mensageiro cumpriu seis mandados de prisão contra prefeitos do Norte catarinense nesta quinta-feira (27). São alvo os chefes do Executivo de Corupá, Luiz Carlos Tamanini, de Massaranduba, Sesar Tassi, de Major Vieira, Adilson Lisczkovski, de Três Barras, Luiz Divonsir Shimoguiri, e de Bela Vista do Toldo, Alfredo Cezar Dreher. Há, também, mandado contra o prefeito de Guaramirim, Luiz Antônio Chiodini, que está desde a semana passada em viagem na Inglaterra. Nesta tarde, a reportagem apurou também a prisão do prefeito de Schroeder, Felipe Voigt.

Mais cedo, o A Notícia já havia confirmado as prisões preventivas do vereador Edenilson Engel (PSD), de Três Barras, e do diretor da Águas de Guaramirim, Osni Denker, e da secretária de Administração e Finanças do município, Patrícia Malko.

O AN procurou as prefeituras citadas. Por nota, Guaramirim confirmou apenas as prisões do diretor Osni Denker e da secretária Patrícia Malko, mas não citou o mandado de prisão contra o prefeito da cidade. Além disso, informou que também foram cumpridos mandados de busca e apreensão, em que documentos datados desde 2004 foram levados pelos agentes.

A prefeitura de Corupá também confirmou a prisão de Tamanini.

Três Barras informou que houve vistoria no gabinete do prefeito e que, na sequência, ele foi levado para preso preventivamente a prestar depoimento em Canoinhas. Em Massaranduba a secretaria de comunicação confirmou que oficiais cumprem a força-tarefa na prefeitura e destacaram que o prefeito foi conduzido para Florianópolis para esclarecimentos.

Já Schroeder informou que agentes do Gaeco estiveram na prefeitura e levaram documentos referentes à operação, no entanto, não confirmou a prisão do prefeito. Bela Vista do Toldo não se posicionou até a publicação deste texto.

No total, há 12 cidades na mira da ação nesta manhã e 18 mandados de prisão estão sendo cumpridos. Nesta quinta-feira, além dos seis prefeitos da região Norte, também foram cumpridos mandados de prisão contra os chefes do Executivo municipal de Imaruí, Patrick Corrêa e Ibirama, Adriano Poffo.

Em fases anteriores da megaoperação do Ministério Público, já haviam sido presos na região os prefeito de Balneário Barra do Sul, Antônio Rodrigues (PP), de Papanduva, Luiz Henrique Saliba (PP), que inclusive virou réu, e o prefeito de Itapoá, Marlon Neuber (PL), que também virou réu em julgamento que ocorreu na manhã desta quinta-feira.

Quem são os prefeitos presos

Operação Mensageiro

A Operação Mensageiro investiga a suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em diversas regiões de Santa Catarina que envolve a empresa Serrana Engenharia, que tem sede em Joinville.

A primeira fase ocorreu em 6 de dezembro do ano passado, quando foram cumpridos 15 mandados de prisão preventiva e 108 mandados de busca e apreensão. Nesta etapa, quatro prefeitos foram presos: Deyvisonn Souza (MDB), de Pescaria Brava, Luiz Henrique Saliba (PP), de Papanduva, Antônio Rodrigues (PP), de Balneário Barra do Sul e Marlon Neuber (PL), de Itapoá. Ainda foram apreendidos R$ 1,3 milhão em espécie e foi determinado o bloqueio de mais R$ 280 milhões dos investigados.

Já a segunda etapa ocorreu em 2 de fevereiro, onde foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão. Entre os presos, estavam os prefeitos de Lages, Antônio Ceron (PSD), e de Capivari de Baixo, Vicente Corrêa Costa (PL)

Por fim, em 14 de fevereiro, foi deflagrada a terceira fase onde foram presos o ex-deputado estadual e prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli (PP), e o vice, Caio Tokarski (União Brasil).

No último dia 13 de abril, três prefeitos viraram réus após o Judiciário aceitar as denúncias do Ministério Público contra investigados na Operação. São eles: Deyvisonn da Silva de Souza, de Pescaria Brava; Luiz Henrique Saliba, de Papanduva; e Vicente Corrêa Costa, de Capivari de Baixo.

No total, 13 prefeitos já presos no “escândalo do lixo”, que é considerado o maior caso de corrupção da história do Estado. O prefeito de Guaramirim, como ainda está em viagem, será preso assim que retornar ao país, somando assim 14 prisões preventivas.

Conteúdo publicado por NSC, clique aqui para ler artigo completo

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