Traje típico na Schützenfest: dicas para não errar e garantir a meia-entrada em 2025
Foto: Divulgação/Westphal Trajes Típicos
A 35ª edição da Schützenfest está logo aí e, mais uma vez, a tradição germânica promete tomar conta das ruas e do Parque Municipal de Eventos em Jaraguá do Sul. Entre os dias 6 e 16 de novembro, em meio a muita música, chope, comida típica e danças folclóricas, a festa também vai transformar a cidade em um verdadeiro desfile de trajes germânicos, com cores, saias franzidas, coletes bordados e chapéus com penas.
Mas o que nem todo mundo sabe é que não basta “parecer” um Fritz ou uma Frida, precisa entrar no personagem por completo! Tanto o traje feminino quanto o masculino devem seguir um padrão, e é preciso tomar cuidado para que algum elemento não descaracterize o seu look e comprometa a experiência.
Isso porque, além de valorizar a tradição, os trajes típicos também garantem um benefício importante: quem estiver devidamente caracterizado paga meia-entrada na festa.
Confira as regras deste ano, divulgadas pela Comissão Central Organizadora (CCO) da Schützen, e entenda o que é ou não aceito como traje típico.
Traje da Frida
- Vestido ou saia: precisam ser típicos germânicos, podendo ter renda ou bordados, de comprimento longo ou até quatro dedos acima do joelho.
- Blusa: não pode deixar o ventre à mostra; mangas podem ser curtas ou longas. Avental é opcional, mas deve harmonizar com o traje.
- Sapatos: fechados, como sapatilha, sapato ou botina, em cores discretas. Tamanco de madeira também é aceito.
- Acessórios: tiaras, meião, guirlandas floridas, chapéus e bolsas pequenas são opcionais.
O que não vale: tênis, sneaker, calçado aberto, bota de cano longo, jeans, mochilas, bolsas grandes, trajes muito curtos ou sem mangas, além de brilhos excessivos como lantejoulas e paetês.
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Traje do Fritz
- Camisa: pode ser de manga curta ou longa, xadrez ou em qualquer cor, desde que combine com o restante do traje.
- Bermuda ou calça: precisam ser sociais ou do tipo lederhose (originalmente de couro, mas permitidas em outros tecidos), sempre até o joelho ou um pouco acima.
- Meias: obrigatórias, de preferência até o joelho; polainas alemãs também são aceitas.
- Sapatos: devem ser fechados, em tons neutros como preto, marrom, cinza ou caramelo. Tamancos de madeira típicos também são permitidos. Botina combinando com o traje também vale.
- Acessórios: chapéu, suspensório e colete são opcionais, mas precisam ser típicos.
O que não vale: chinelo, sandália, tênis esportivo, calça ou bermuda jeans, regata, camiseta polo ou acessórios que descaracterizem a tradição.
>> Para ir além das regras e mergulhar nos bastidores da costura típica, o JDV conversou com quem entende do assunto. A artesã e costureira Nilsa Westphal, idealizadora do Westphal Trajes Típicos, e revelou curiosidades e dicas valiosas para montar um traje fiel à tradição alemã.
A missão de costurar história para a festa
Com quase uma década de experiência e pesquisa sobre os trajes usados em festas da Alemanha, Nilsa busca trazer autenticidade em cada detalhe das peças que confecciona. Os modelos seguem referências históricas, mas também passam por adaptações necessárias para o clima e o estilo dos festeiros jaraguaenses.
Camurça, neosuede e tricoline estão entre os tecidos mais usados no ateliê, escolhidos pela resistência, leveza e caimento. As cores, cortes e acabamentos são pensados para valorizar o visual sem comprometer o conforto – especialmente em dias de calor intenso, comuns durante o evento.
Apesar das adaptações, Nilsa mantém a estrutura dos trajes tradicionais: saias pregueadas, coletes com amarração, aventais bem ajustados e meias que complementam o conjunto. Nos masculinos, o equilíbrio entre camisa, bermuda, suspensório e meia alta forma a base do traje ideal. Tudo feito com atenção aos mínimos detalhes, do botão ao viés.
Curiosidade: o significado do avental no traje feminino
Entre as tradições trazidas da cultura alemã, uma das mais curiosas está no modo de amarrar o avental que acompanha o vestido das mulheres; ele revela o estado civil da mulher. Nilsa explica:
- Laço à direita: comprometida (casada, noiva ou namorando)
- Laço à esquerda: solteira
- Laço ao centro: virgem ou muito jovem
- Laço nas costas: viúva
Uma paixão que virou ofício
Nilsa costura trajes típicos há nove anos, mas a relação com as roupas alemãs é antiga. “Quando minhas filhas eram pequenas, cheguei a fazer alguns para elas. Mas foi por acaso que virou negócio. Minha filha pediu um traje, uma amiga gostou, pediu também e nunca mais parei”, conta.
Desde então, ela é procurada por moradores que querem trajes sob medida para desfilar na festa mais tradicional de Jaraguá do Sul, e também da região, como a Oktoberfest de Blumenau.
A alta temporada de pedidos começa em setembro e vai até novembro, mas a correria de verdade é em outubro. “O pessoal deixa para a última hora”, brinca. São semanas em que Nilsa precisa se desdobrar entre ajustes, provas e novas encomendas, muitas vezes trabalhando ainda mais horas para dar conta da demanda.
Um traje simples pode levar cerca de três horas para ser feito, mas modelos mais elaborados ou personalizados exigem ainda mais tempo e atenção aos detalhes.
Quer encomendar seu traje?
Se você quer garantir um traje típico autêntico, confortável e dentro das regras da Schützenfest, a Nilsa Westphal é referência na região. Ela produz sob medida e envia para todo o Brasil. Para ver modelos disponíveis para aluguel ou compra, acesse o Instagram @trajesalemao, ou chame no WhatsApp (47) 99925-0632.
>> Confira o catálogo online completo e faça a sua encomenda.
Endereços da Westphal Trajes Típicos em Jaraguá e Guaramirim:
Guaramirim – Rua 28 de Agosto, 1144 – Residencial Petra, Apto 09
Jaraguá do Sul – Rua José Emmendoerfer, 1032 – Bairro Nova Brasília
Como isso impacta sua vida?
Vestir-se para a Schützenfest é uma forma de honrar tradições, celebrar a cultura local e viver a festa com autenticidade. E para quem vai de Fritz ou Frida pela primeira vez, a dica é certeira: prefira cores neutras, modelos confortáveis e que façam você se sentir seguro.
Gabriela Bubniak
Jaraguaense de alma inquieta e jornalista apaixonada por contar boas histórias. Tenho fascínio por livros, música e viagens, mas o que me move é viver a energia de um bom futsal na Arena e explorar o que há de melhor na nossa terrinha.
