Três mulheres assassinadas em 20 dias no Planalto Norte de SC
Feminicídios ocorreram em São Bento do Sul, Mafra e Canoinhas em janeiro deste ano; suspeitos são os companheiros das vítimas
24/01/2023
Uma marca assustadora: três feminicídios foram registrados em apenas 20 dias neste mês de janeiro no Planalto Norte de Santa Catarina. Os crimes foram nas cidades de São Bento do Sul, Mafra e Canoinhas.
Relembre os casos de feminicídio este mês
SÃO BENTO DO SUL
Lucimar de Góes Couto, 44 anos, foi morta na segunda-feira (2/1) com golpes de faca em São Bento do Sul. O ex-companheiro, que tinha histórico de violência, foi preso em menos de 24 horas depois do crime.
O casal estava separado após ficar casado por 18 anos e ter dois filhos, de 17 e 5 anos. A criança havia sido levada com o suspeito durante a fuga, tendo sido encontrada momentos depois na casa de uma família.
“Histórico de violência”, afirma o delegado Gil Ribas sobre o suspeito. Ele já tinha sido violento contra a companheira. Em um episódio, chegou a ser preso em flagrante por lesão. Em abril de 2022, a mulher também havia conseguido uma medida protetiva contra o suspeito.
CANOINHAS
Magali de Castro de Oliveira, 41 anos, professora no CEI Nathan Zugmann, foi encontrada agonizando pela própria mãe na casa em que vivia, no bairro Cohab I, por volta das 23h30 do dia 2/1. Ela tinha ferimentos na área do pescoço e, embora o Samu tenha sido acionado, não resistiu e morreu ainda no local.
A mãe de Magali contou que foi à casa dela para levar o neto e encontrou a filha já ferida. À polícia, ela disse que o ex-marido da filha, Adalberto Plachek Rodrigues, de 33 anos, poderia ter cometido o crime, uma vez que já havia ameaçado matá-la e cometer suicídio em seguida.
MAFRA
Laci Aparecida Padilha Mastey, 51 anos, e o marido, Luis Mastey, 58, foram encontrados sem vida na manhã de sábado (21/1), por volta das 8 horas, na casa da família, na Estrada Geral Vila Grein, na localidade Avencal São Pedro.
Laci tinha sinais de golpes de faca no tórax e no ombro, onde a faca ficou cravada. Luis tinha sinais de que tirou a própria vida, segundo as primeiras análises da Polícia Civil.
Segundo o delegado Cassiano Tiburski, que estava de plantão e atendeu a ocorrência, o marido não estava aceitando a separação. “A mulher queria que ele saísse de casa. Parece que ela já estava em outro relacionamento. Então, ele acabou matando ela a facadas e cometeu suicídio em seguida”, disse Cassiano.
Conteúdo original publicado por ND+
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