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Uma caminhada, outra Escola!

Em continuidade as minha memórias de Professor, hoje lembro a época de Marista e alguns personagens eternos dessa escola. Ainda sobre o rock nas aulas.

18/07/2020

Por

Professor Pesquisador, Mestre em Educação, Especialista em Planejamento Educacional e Docência do Ensino Superior, Historiador e Pedagogo. Entusiasta da Educação

Boas lembranças, sempre ficam…

Recordando minhas boas lembranças, hoje escrevo um pouco sobre meu período como Professor no Colégio Marista São Luís, bons anos entre 2005 a 2012. Quando chegava no colégio pela manhã era certo encontrar O Irmão Evilázio, diretor do colégio à época, além de um gostoso cafezinho pronto esperando, isso quando não parava para tomar o café na casa dos irmãos. Nessa época existia o rancho com a horta, espaço de muita paz e reflexão. Entre as lembranças, não posso deixar passar o quartinho do famoso professor Abacate, figura lendária que vinha de Joinville e tinha seu lugar para dormir no colégio. Lembro do período que começamos a treinar futebol para participar da olimpíada Marista, imagina o treino da seleção no campo de gramado que tínhamos naquela época. São muitas memórias dos meus amigos, não vou citar os nomes para não deixar ninguém de fora. A todos deixo um forte abraço, mas saudosamente lembro de outra figuraça, sempre de cabelinho arrumado, tudo organizado no armário… saudades, professor Auri! Aprendi muito como Educador dentro da Filosofia Marista, onde o olhar para o educando começa com afetividade e isso nos leva a um “olhar” mais humano. E não poderia deixar de citar os “estrupícios”, quem sabe vai lembrar. Muitos alunos no primeiro momento ficaram assustados com o modelo das aulas de História, totalmente fora do tradicional e em alguns momentos regada com um bom rock’n Roll, aprendizagem significativa com metodologias diferenciadas, comum na atualidade. Alunos que aceitavam os desafios e respondiam com muita qualidade. Para finalizar, as comemorações de festa junina e a organização das barracas, muita risada. Poderia redigir um livro com todas as memórias.

Rock and Roll como ferramenta de aprendizagem

A música está totalmente ligada à História e serve de ferramenta no estudo da mesma; dentre os estilos musicais trago o Rock’n roll e faço sua relação ao período do governo militar no Brasil, onde as letras musicais traziam palavras de protesto e denúncias sobre aquele governo. A banda Camisa de Vênus com seu rockabilly, Simca Chambord, por exemplo, trazia de maneira divertida uma crítica inteligente ao período. “Mas eis que de repente, foi dado um alerta/ Ninguém saía de casa e as ruas ficaram desertas/Eu me senti tão só, dentro do Simca Chambord”. Utilizando a letra de uma música o professor aborda vários contextos, nesse trecho a questão das restrições, da mudança repentina, levando à reflexão sobre o momento. Claro que na semana que comemoramos o dia do Rock deixo registrado que Rock é História, é transformação e criticidade.

Fala Professor!

A Educação precisa urgentemente que o professor tome a frente e seja o expoente sobre esse tema. Atualmente apareceram muitas pessoas para falar sobre Educação, como fazer Educação, o que fazer… Sem desqualificar essas ações, reforço a afirmação de que o professor é o verdadeiro conhecedor da Educação, das metodologias; nada acontece fora do ambiente de aprendizagem, seja presencial ou remoto. O que quero dizer é que falar e escrever sobre algo, não é o mesmo que vivenciar e praticar.

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