União Europeia Proíbe venda de Purpurina glitter

No dia 17 de outubro de  2023, uma medida pioneira entrou em vigor na União Europeia, marcando um marco significativo na luta contra a poluição por microplásticos glitter.

A nova lei proíbe o comércio da purpurina em países do bloco, como parte de uma série de ações acordadas pela Comissão Europeia para conter o consumo de microplásticos, amplamente utilizados na produção de itens plásticos.

A proibição do glitter plástico, conforme especificado na norma, abrange partículas menores que 5mm, insolúveis e resistentes à degradação.

Esta decisão, aprovada em meados de agosto, é parte integrante do European Green Deal, um ambicioso projeto que visa transformar a Europa no primeiro continente neutro em termos de impacto ambiental até 2050.

De acordo com a investigação do site WWD, a proibição terá períodos de transição específicos para diferentes categorias de produtos. Por exemplo, cosméticos com glitter que podem ser enxaguados terão até 16 de outubro de 2027 para encontrar alternativas, enquanto produtos sem enxágue terão um prazo que se estende até 16 de outubro de 2029.

Esfoliantes e esmaltes para unhas que contêm microplásticos também estão incluídos nesse banimento.

A notícia do fim da purpurina na Europa gerou uma corrida entre influenciadores e ex-participantes de reality shows na Alemanha, muitos dos quais correram para garantir seus suprimentos antes que os produtos desaparecessem das prateleiras.

O ex-BBB alemão, Sam Dylan, revelou ter comprado 82 pacotes de glitter, afirmando: “No meu mundo, tudo tem que ter glitter”, em entrevista ao tabloide Bild. Nas redes sociais, a hashtag #glitterban viralizou, com mais de 913 mil visualizações no TikTok, reunindo vídeos explicativos e memes sobre a proibição.

Além da purpurina, a legislação da UE também visa os microplásticos na forma de pellets, que são derretidos e utilizados na fabricação de utensílios descartáveis, pás de café, garrafas de água e outros produtos similares.

Durante o processo de fabricação ou após o descarte desses itens, esses materiais se desintegram, podendo ser transportados pela água ou pelo ar, sendo ingeridos por humanos e animais.

A Comissão Europeia está determinada a reduzir em 74% a poluição causada pelos pellets plásticos até o final da década. Para alcançar esse objetivo, estão sendo discutidas propostas que incluem regulamentações mais rigorosas para o despejo desses materiais e a obrigatoriedade de certificação para aqueles que lidam com eles, medidas cruciais para combater essa forma insidiosa de poluição.

As discussões sobre essas propostas estão atualmente em andamento no Parlamento Europeu, mostrando o compromisso contínuo do bloco em proteger o meio ambiente e criar um futuro mais sustentável para todos.

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