Saúde

Vigilância sanitária apreende venda ilegal de cigarros eletrônicos

Vigilância Sanitária ampliou a proibição de dispositivos eletrônicos para fumar, buscando proteger a saúde da população dos riscos à saúde já comprovados, como doenças pulmonares e vício, especialmente entre jovens

18/06/2024

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ampliou a proibição de dispositivos eletrônicos para fumar, buscando proteger a saúde da população dos riscos à saúde já comprovados, como doenças pulmonares e vício, especialmente entre jovens. Visando cumprir com a legislação vigente, a Vigilância Sanitária de Jaraguá do Sul atuou na quinta-feira (13), apreendendo cerca de 400 dispositivos eletrônicos para fumar, que estavam sendo vendidos ilegalmente.

 

A apreensão de cigarros eletrônicos contribui para a segurança pública e a saúde, combatendo o contrabando e protegendo a população dos riscos desses produtos. “A tendência é que ocorra redução nos atendimentos a adolescentes e jovens que fazem o uso destes dispositivos que geram danos pulmonares e que viciam tanto quanto o cigarro”, explica a gerente de Vigilância Sanitária, Nilceane Junckes.

 

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Vigilância sanitária apreende venda ilegal de cigarros eletrônicos

 

Os dispositivos eletrônicos para fumar (DEF) são também conhecidos como cigarros eletrônicos, vaper, pod, e-cigarette, e-ciggy, e-pipe, e-cigar, heat not burn (tabaco aquecido), entre outros. A Resolução n° 855/2024 da Anvisa, além de proibir a comercialização, importação, o armazenamento, o transporte e a propaganda dos DEF, reforça a proibição de seu uso em recintos coletivos fechados, público ou privado.

 

Recentemente o regulamento referente aos dispositivos eletrônicos para fumar foi atualizado e foi mantida a proibição, já vigente desde 2009. Os principais riscos do consumo do cigarro eletrônico são o surgimento de câncer, doenças respiratórias e cardiovasculares, como infarto, morte súbita e hipertensão arterial. Segundo a Associação Médica Brasileira (AMB), um único vaper equivale a um maço com 20 cigarros.

 

 

Crianças e adolescentes são alvo de campanha contra o uso de tabaco

 

As crianças e adolescentes também são vítimas do uso de produtos de tabaco. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), novos produtos, como os cigarros eletrônicos, e informações enganosas da indústria do tabaco, são uma ameaça, levando a uma iniciação ao tabagismo cada vez mais precoce. Além disso, crianças e adolescentes que usam cigarros eletrônicos têm pelo menos duas vezes mais probabilidade de fumar cigarros mais tarde na vida. De olho nisso, o tema do Dia Mundial Sem Tabaco 2024, em 31 de maio, foi “Proteção das crianças contra a interferência da indústria do tabaco”, campanha que foi lançada pelo Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (INCA).

 

Vigilância Sanitária ampliou a proibição de dispositivos eletrônicos para fumar, buscando proteger a saúde da população dos riscos à saúde já comprovados, como doenças pulmonares e vício, especialmente entre jovens

 

Por meio de uma linguagem jovem, a campanha visa promover uma mudança de comportamento, além de proteger as novas gerações dos perigos do uso do tabaco, alertando sobre as táticas da indústria para atrair crianças e adolescentes, com interesse em garantir e ampliar seu mercado consumidor.

 

A última Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), revelou que, em 2019, 16,8% dos escolares de 13 a 17 anos já haviam experimentado o cigarro eletrônico, sendo 13,6% nos de 13 a 15 anos e 22,7% nos de 16 e 17 anos. Quanto ao sexo, a experimentação é maior entre os homens (18,1%) do que entre as mulheres (14,6%).

 

A variação regional foi significativa, com maior a experimentação do cigarro eletrônico nas regiões Centro-Oeste (23,7%), Sul (21,0%) e Sudeste (18,4%), ficando menor do que a média nacional na Região Nordeste (10,8%) e Norte (12,3%). A variação quanto ao sexo, demostrou. Uma experimentação maior para os homens (18,1%) do que para as mulheres (14,6%), sendo essa predominância mantida em todas as regiões.

 

Houve ainda aumento dos escolares de 13 a 17 anos que declararam o consumo de cigarros nos 30 dias anteriores à data da pesquisa, subindo o percentual de 5,6% em 2013, para 6,8% em 2019. Os dados estão disponíveis no portal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

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