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É POSSÍVEL ENVIAR CINZAS DE MORTOS PARA A LUA; VEJA COMO FAZER

Há famílias que encontraram uma forma de transformar parte desse luto num gesto simbólico, enviando as cinzas do seu ente querido para a Lua

19/02/2024

Cinzas do seu ente querido para a Lua: há famílias que encontraram uma forma de transformar parte desse luto num gesto simbólico

 

 

Em 1998 foi a primeira vez que isso ocorreu. Nesta ocasião, as cinzas do astrônomo Eugene Shoemaker foram transportadas pela NASA, durante a missão Lunar Prospector. Mas como tem funcionado esse tipo de prática?

 

 

(Fonte: Getty Images/Reprodução)(Fonte: Getty Images/Reprodução)

 

 

Envio de cargas memoriais ocorreu recentemente

No início deste ano, em 8 de janeiro, uma nova missão até a Lua realizou o envio de cinzas e amostras de DNA, o que acabou gerando certa polêmica. O serviço foi oferecido por empresas privadas, que, no caso, foram duas: Celestis e Elysium Space.

A primeira empresa transportou cinzas de 65 pessoas, enquanto a segunda não divulgou essa informação. As cinzas de Arthur C. Clarke, autor de ficção científica, estavam entre as enviadas.

 

 

Nesta nova missão, o foguete Vulcan Centaur, que partiu da Flórida, após passar por vários adiamentos, carregava consigo a Peregrine. Trata-se de uma sonda, de menor tamanho, encarregada de pousar na Lua. Junto a ela, por sua vez, foram transportadas as cargas memoriais das empresas. Instrumentos científicos também estavam sendo carregados.

Estava previsto que a sonda pousaria na Lua em fevereiro. No entanto, uma falha impediu que tudo ocorresse como o planejado. Após o vazamento de propelente ser detectado, a Peregrine foi estabilizada e entrou em rota de volta para o nosso planeta. Após atravessar a atmosfera, no último dia 18, ela se desintegrou.

 

 

(Fonte: Getty Images/Reprodução)(Fonte: Getty Images/Reprodução)

Cinzas para a Lua: Debate envolvendo a oferta do serviço

 

 

Mas antes que esse incidente ocorresse, indígenas da tribo Navajo, da América do Norte, manifestaram sua discordância com essa prática e fizeram um apelo à NASA que adiasse a missão, visto que consideram a Lua sagrada. Em comunicado oficial, a agência declarou que não possui controle do que é enviado no espaço e, portanto, não poderia intervir.

Por conta disso, há quem questione como será controlado esse tipo de serviço. Não seria ilegal enviar cinzas ao espaço? Fato é que, na medida que a exploração espacial avança, ao mesmo tempo que a viagem ao espaço parece estar mais acessível, as práticas comerciais parecem se aproveitar disso.

Tal debate não se restringe meramente ao envio de cinzas, mas considerando ainda que outros itens já foram deixados na superfície lunar, como um retrato deixado por Charles Duke, em 1972, quando participou da missão Apollo 16.

É cobrado, em média, US$ 13 mil, ou quase R$ 65 mil, para o envio das cargas memoriais. Por ora, apenas pacotes de pequenas dimensões podem ser enviados, desde que contenham materiais previamente autorizados.

 

 

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Por

Estudante da 5ª fase de Design, curiosa por natureza e apaixonada pelo que faz.

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