Colunistas | 02/03/2022 | Atualizado em: 01/03/22 ás 15:34

Coluna: A autofagia partidária

Do ex-senador Luiz Henrique da Silveira (MDB) em 2014, como ocorre agora, de forma recorrente, com o MDB

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“Há uma falência dos partidos. Quando há eleições para vereador, deputados, governador, há uma autofagia partidária.”  Do ex-senador Luiz Henrique da Silveira (MDB) em 2014, como ocorre agora, de forma recorrente, com o MDB. Em seus 44 anos de vida pública, LHS perdeu uma das 13 eleições que disputou como candidato. Foi para o empresário Wittich Freitag, em 1992. E que ele próprio havia lançado para prefeito dez anos antes, na vitoriosa campanha de 1982, quando Freitag conquistou seu primeiro mandato. “O tempo tem de fazer a gente experiente. Quem não aprender com o tempo, não aprende na escola”, resumiu LHS.

MDB velho e bagunçado

Oito anos depois não é diferente. O prefeito Antidio Lunelli tem dito que o MDB é um partido velho, precisando de renovação. O deputado Moacir Sopelsa (MDB), presidente da Assembleia legislativa, vai mais longe e vê o MDB bagunçado. E diz mais: qual a segurança do governador Carlos Moisés de ser candidato à reeleição se vier a se filiar no MDB?  Na verdade, é aí que reside a indecisão de Moisés (motivo de toda a cizânia no partido) em aceitar a proposta da bancada dos deputados estaduais da Assembleia Legislativa. Afinal, o “sim” cabe à executiva estadual do MDB e não só àqueles que hoje apoiam o chefe do Executivo.

Sonhando com Moisés

PSDB também vive dias de incerteza. Sem perspectivas de nome consistente na disputa pelo do Estado, é mais um dos partidos que sonha ter Carlos Moisés (sem partido) no ninho tucano. Ou uma beiradinha no poleiro da coligação que se formará para apoiar a reeleição do governador. A executiva estadual cita nomes como o do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, do ex-governador Leonel Pavan, do ex-senador Paulo Bauer. Bobagem!

Nomes sem lastro

Leonel Pavan, também, vereador, prefeito e senador, em 2016 tentou novo mandato de prefeito de Balneário Camboriú. Perdeu para Fabrício Oliveira, por diferença de 10 mil votos. Em 2018 lançou Pavan Júnior (filho) a deputado federal: 14 mil votos. Clésio Salvaro é conhecido na região de Criciúma e nunca disputou a cadeira de governador. Paulo Bauer, da desastrada campanha de 2018- quinto lugar na votação para senador- tomou chá de sumiço.

Bolsonarista com o PT

O ex-deputado Gelson Merisio, que deixou o PSDB antes de ser enxotado por ter aderido à candidatura presidencial de Lula da Silva (PT) e do ex-deputado Décio Lima (PT) a governador, será o coordenador da campanha petista no Estado. Merisio meteu o pé na lama ao apoiar o governador gaúcho, Eduardo Leite, à presidente. Contrariando a executiva estadual que apoia João Dória Jr. De bolsonarista na campanha de 2018, Merisio agora É PT desde pequenino.

 Dinheiro sem controle

Tribunal de Contas do Estado vai fiscalizar a aplicação dos R$ 465 milhões doados pelo governo do Estado ao Ministério da Infraestrutura para obras em rodovias federais. Mais próximo aqui do Vale, R$ 300 milhões para a BR-470 e míseros R$ 50 milhões para a BR-280. E, neste caso, com aplicação exclusiva na região de Araquari. O que espanta saber é que valores já foram repassados ao consórcio de empreiteiras da 470 sem qualquer controle do TCE até agora.

Celso Machado

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

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