Conheça as modalidades de esportes que podemos ver nas Olimpíadas no futuro

Antes mesmo do final das Olimpíadas realizadas em Tóquio, Paris já começava a se movimentar para os próximos jogos a serem realizados em 2024. Estruturas já começam a ganhar vida e mudanças serão vistas pelo público que promete encher a capital da Luz.

Os jogos olímpicos, que vão ser disputados entre 26 de julho a 11 de agosto, terão a inclusão de novos esportes, alguns já confirmados como o Breakdance. Surgido como parte da cultura Hip Hop do Bronx, o breakdance tomou as ruas e se tornou mais do que um símbolo e manifestação artística. Antes de estrear nas Olimpíadas oficiais, em 2018 entrou para os Jogos Olímpicos da Juventude (JOJ).

Nos torneios, os Bgirl e Bboys fazem uma apresentação para um corpo de jurados, e a cada rodada um breaker é selecionado. O que tiver mais votos vence. O breaking também irá participar dos importantes Jogos Pan-Americanos de Santiago no Chile.

Para participar dos torneios, os breakers treinam por volta de 10 horas por dia para melhor desenvolver as performances e evitar erros na hora das apresentações. O esporte e movimento bastante popular já é um dos mais esperados das próximas olimpíadas. O atleta de breaking brasileiro, Pelezinho sonha em chegar à Paris ao lado de grandes nomes da Holanda, Japão, Estados Unidos e Russos, fortes candidatos à medalha. Mas não como atleta. Aos 38 anos, Pelezinho deseja estar na comissão técnica.

A canoagem já está presente nos jogos olímpicos, mas uma nova modalidade será apresentada, o slalom extremo. Nela, quatro esportistas passarão por obstáculos em corredeiras a bordo de um caiaque, e quem chegar primeiro ganha. O Brasil possui bons representantes da categoria e a chegada desta nas olimpíadas animou Pepê Gonçalves e Ana Sátila.

Pepê é o atual campeão mundial e Ana Sátila ganhou a competições mundial de 2018. Quando soube da notícia, Pepê comentou que “Agora a categoria se tornou olímpica, muda tudo, a gente tem esse gostinho de ter a chance de duas medalhas olímpicas lá em Paris. Eu acho que a entrada dessa categoria nos Jogos é muito boa porque atrai mais jovens, mais uma chance de medalha e fomento do esporte no nível nacional e internacional. Então, essa notícia veio para somar. Essa categoria veio para ficar e hoje temos o número um do ranking“.

O skate, que estreou na última edição das Olimpíadas em Tóquio retornará em 2024. A modalidade foi muito bem-vinda com três brasileiros recebendo medalhas: Rayssa Leal, Kelvin Hoefler e Pedro Barros. Com isso, o Brasil foi o segundo país com mais medalhas no skate, perdendo apenas para o Japão. Na ocasião, o esporte bastante comum em vários países ainda estava em testes, mas devido ao grande sucesso e repercussão foi confirmado pelo Comitê olímpico.

Haverá mudanças profundas também em algumas modalidades, como o boxe, ciclismo e atletismo, e alguns esportes terão competição mistas. Dentre os eventos mistos, serão incluídos o evento de equipes mistas de tiro com arco, revezamento misto de marcha atlética de 35 km de atletismo e o bote misto de vela.

Rogério Sampaio, do COB – Comitê Olímpico do Brasil – concorda que esta é uma decisão justa: “Consideramos muito justa a equiparação dos números entre atletas homens e mulheres. Quanto mais incentivo às mulheres para que alcancem os principais eventos do calendário internacional, mais saudável e natural fica o ambiente esportivo para que novas meninas se sintam motivadas a buscar os benefícios da prática esportiva“.

Isto torna mais perto também a chegada de outros esportes como o poker. Não suas versões tradicionais, disputada por jogadores em campeonatos mundiais. Esta prática tem diversas vertentes, mas a que mais se aproxima dos critérios do Comitê Olímpico Internacional é o Match Poker, que é disputado por equipes e, portanto, se enquadra na premissa olímpica de que os jogadores representem seus respectivos países. Com isso, há uma movimentação de espera para que o esporte seja confirmado em Paris.

A vela também trará duas novas categorias em 2024: Windsurf e o Kite Surf – um esporte disputado com uma prancha e uma pipa para que o atleta possa deslizar na água.

Além da adição de novos esportes e equidade entre mulheres e homens em outros, haverá uma mudança na quantidade de atletas que disputarão o ouro em Paris. Haverá uma redução de 592 atletas com a retirada do beisebol, softbol e do karatê, que não terão representantes no próximo campeonato mundial. A decisão da retirada dos esportes vem como um modo de diminuir custos, segundo Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional.

A maior parte das competições irão acontecer na Vila Olímpica, mas alguns serão disputados em cartões postais da cidade: a maratona terá como local de partida o famoso Hotel de Ville, o vôlei de praia será disputado aos pés da Torre Eiffell e o taekwondo será disputado em outro prédio icônico, o Grand Palais, além de torneios específicos em Marselha, Nice, Lyon e outras cidades por perto.