Brasil

Eleições terão quase metade das urnas eletrônicas trocadas

Entre as vantagens destacadas pelo TSE da nova urna está a maior rapidez na identificação do eleitorado

10/01/2022

Quase metade das urnas eletrônicas será substituída nas eleições de 2022 por um novo modelo, que promete mais segurança e rapidez no voto e acessibilidade para pessoas com deficiência. Mas, especialistas dizem que o aparelho mais moderno não afasta a principal crítica ao sistema eleitoral brasileiro: os problemas de ataques hacker à segurança do voto na urna eletrônica.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 225 mil equipamentos mais modernos estão sendo fabricados e distribuídos aos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs). Cada nova urna eletrônica custou US$ 985,50 (R$ 4.123,00) – um investimento total que passa de R$ 900 milhões. No total, 577 mil serão usados nas eleições deste ano.

A empresa Positivo Tecnologia, vencedora da licitação, em Manaus (AM), é onde estão sendo produzidas as placas-mãe. Segundo o Ministro Barroso, presidente do TSE, a compra do modelo mais moderno permitirá a renovação dos equipamentos da Justiça Eleitoral, considerando que a vida útil de uma urna é de 10 a 12 anos.

Entre as vantagens destacadas pelo TSE da nova urna está a maior rapidez na identificação do eleitorado. No novo modelo, chamado de UE2020, o terminal do mesário terá tela gráfica sensível ao toque (similar à de um tablet), o que permitirá que uma pessoa seja identificada pelo mesário, enquanto outra vota.

Urnas modernas asseguram mais segurança no ato da votação

De acordo com o TSE, o algoritmo criptográfico da urna também foi trocado para um dos mais apurados atualmente disponíveis. O novo modelo também traz as seguintes vantagens, segundo o TSE:

Processador 18 vezes mais rápido que o modelo 2015. E por não precisar de recarga, a bateria do tipo lítio ferro-fosfato exige menos custos de conservação.

Expectativa de duração da bateria é por toda a vida útil da urna (10 a 12 anos). Mídia de aplicação do tipo pendrive traz maior flexibilidade logística para os TREs na geração de mídias. Terminal do mesário passa a ter tela totalmente gráfica, sem teclado físico, e superfície sensível ao toque.

Teclado aprimorado, com teclas com duplo fator de contato, o que permite ao próprio teclado acusar erro, caso haja mau contato ou tecla com curto-circuito intermitente.

Mais recursos de acessibilidade: a sintetização de voz foi aprimorada para que sejam falados os nomes de suplentes e vices, sendo possível também cadastrar um nome fonético (para pessoas com deficiência visual). Além disso, será incluída uma apresentação de um intérprete de Libras na tela da urna, para indicar quais cargos estão em votação para os eleitores com deficiência auditiva.

O Ministro Barroso, do TSE, destacou que a urna eletrônica não tem conexão com a internet, bluetooth ou com qualquer rede, o que inviabiliza ataques de hackers externos.O novo modelo também traz o já conhecido Registro Digital do Voto (RDV), que embaralha as informações sobre os votos em uma tabela, assegurando o sigilo da votação.

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