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Futsal: Barcelona também é sonho para quem joga na quadra

Um dos maiores clubes de futebol, o time catalão chama a atenção dos jogadores do salão

26/01/2024

Futsal: Barcelona também é sonho para quem joga na quadra

Matheus, Pito e Dyego (D). | Foto: Rafael Favero/CBFS

 

Na preparação para a Copa América e concentrados em Gramado-RS, jogadores da seleção brasileira contam sobre como a modalidade das quadras é gerida no clube catalão. O sonho de jogar futebol no Barcelona é óbvio para quem acompanha as conquistas do clube espanhol no campo, mas também se repete nas quadras. Atual campeão da Liga Espanhola, a equipe tem três jogadores entre os convocados para a seleção brasileira de futsal.

 

Os alas Dyego Zuffo e Matheus e o pivô Pito estão concentrados na serra gaúcha, junto ao restante do grupo, onde o Brasil se prepara para a Copa América, competição a ser realizada em Luque, no Paraguai, entre 2 e 10 de fevereiro. O pioneiro do trio é Dyego, que está na décima primeira temporada no Barcelona, com uma trajetória recheada de títulos, entre quatro taças da primeira divisão e três Ligas dos Campeões.

 

“Eu estava no Copagril quando fui para o Barcelona, mas, como era muito jovem, ainda joguei um ano no Joinville antes de ir em definitivo. Me apresentei ao Barcelona em 2014, todo jogador quando chega no Barcelona se impacta pela estrutura. Você poder jogar no Palau (ginásio do Barça). Tudo é muito bonito e gratificante”, declarou. Eleito melhor jogador do mundo em 2023 pelo evento Gala Mundo do Futsal Decathlon, a maior premiação da atualidade, o pivô Pito não teve uma passagem direta para o time catalão.

 

Ele saiu da ACBF, de Carlos Barbosa, em 2016 para o El Pozo, também da Espanha. Antes de chegar ao Barcelona, ainda ficou no Inter Movistar por duas temporadas para, depois, chegar ao que considera o maior clube do mundo. Pito foi escolhido melhor jogador da Liga Espanhola na última temporada, assim como o melhor da posição. No final do ano passado, aos 32 anos, Pito renovou por mais três temporadas. Ou seja, deixar o Barcelona não passa nem perto da mente do craque, pelo menos, a curto e médio prazo.

 

“Quero alargar ao máximo que posso lá. O Barcelona é um clube de alto nível, o melhor do mundo na minha opinião, o máximo que eu conseguir ficar lá vai ser uma honra. Pela idade ou lesão, não sei se ficar bem nos três anos, o futuro a gente não sabe, mas o máximo que eu conseguir ficar lá é uma honra para mim. Talvez jogar no Brasil só um ou dois anos para me aposentar”, comentou. Já Matheus, de 27 anos, saiu do Corinthians depois da temporada de 2019 para se transferir ao gigante da Espanha.

 

Assim como no clube paulista, ele acredita que a união do futsal e do futebol em torno de uma mesma marca só tem benefícios a trazer para o esporte. “Se o futebol tiver bem, o futsal e as outras modalidades vão acompanhar. A gente depende muito do futebol, querendo ou não, o futsal não é tão autossustentável quanto o futebol, não gera tanto dinheiro. A diferença dos outros clubes que não tem camisa no futebol de campo é isso, se o futebol tiver bem, é muito dinheiro envolvido e ajuda muito o clube como um todo”, acrescentou.

 

No futuro

O atleta Matheus, ainda, conta que um dos fatores que pesam na hora de optar pela permanência na Europa é a qualidade de vida. Nascido na capital paulista, ele viveu os dois lados da realidade: a cidade grande brasileira e a europeia. “A segurança, a educação para as crianças, a qualidade de vida é muito boa e o poder de compra da moeda, que é uma diferença absurda para o Brasil. É o que mais impacta, não só na Espanha, mas na Europa. Tá quase tudo na frente, tirando a comida, que no Brasil, para mim, é a melhor”, afirmou, bem-humorado, o jogador.

 

Segundo Dyego Zuffo, o Barcelona alcançou os objetivos dentro da Liga dos Campeões na atual temporada, que está em andamento: a classificação para a fase eliminatória da Liga dos Campeões, a conquista da Liga de Inverno e a vaga para as quartas de final da Copa do Rei. “A gente teve uma primeira fase muito difícil, chegamos a ter oito lesionados. Acredito que pelo calendário, muita lesão, isso vai sobrecarregando, seria uma coisa para melhorar. O calendário é muito desgastante, não só no futsal, mas no futebol a gente vê o pessoal reclamando. A gente deveria presar mais pela saúde do atleta”, opinou Zuffo.

 

O ala de 34 anos tem contrato por mais uma temporada, além da atual. O futuro dele está em aberto, mas a intenção é tentar permanecer por mais tempo no Barcelona. O certo é que, na aposentadoria, ainda sem data para acontecer, ele voltará ao Brasil para curtir a família, porque, como ele mesmo diz, a saudade bate forte. Já Matheus, que está há menos tempo na Espanha entre o trio, tem mais duas temporadas e meia para cumprir com a equipe e quer mais. A seleção brasileira de futsal segue em Gramado até 30 de janeiro, quando começa o deslocamento para o Paraguai. Neste fim de semana, a comissão técnica prevê treinos no Ginásio Municipal Perinão em dois períodos.

 

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Sou Felipe Junior, jornalista formado, na Universidade Regional de Blumenau (Furb), pós-graduado em Jornalismo Esportivo e Multimídias, na Anhembi Morumbi, em São Paulo.

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