Saúde

Hospital São José de Jaraguá do Sul incentiva a doação de órgãos humanos

O transplante é a única esperança de vida, ou a oportunidade de um recomeço para pessoas que precisam de doação.

04/09/2020

A Associação Hospitalar São José, mantenedora do Hospital e Maternidade São José, iniciou campanha para marcar o Setembro Verde, mês da doação de órgãos humanos. A hashtag #eudigosim tem como novidade o tema para Facebook, para colocar na foto de perfil na página.

A iniciativa visa ajudar na campanha para que mais famílias aceitem a doação de órgãos de parentes com morte encefálica.

O transplante é a única esperança de vida, ou a oportunidade de um recomeço para pessoas que precisam de doação.

De janeiro a julho deste ano, segundo a SCTransplantes – Central Estadual de Transplantes de Santa Catarina -, vinculada à Secretaria da Saúde, houve oito notificações de morte encefálica, que resultaram em cinco doações de órgãos, índice de 63%.

Foram feitas seis entrevistas, com uma recusa, ficando em 83% a taxa de autorização familiar. O Hospital Jaraguá fez duas notificações de morte encefálica e nenhuma doação de órgãos, por recusa da família.

Em todo o Estado foram feitos 572 transplantes. Segundo dados levantados junto a SCTransplantes, até julho deste ano, foram recebidas 346 notificações de pacientes com morte encefálica com potencial de doação, mas efetivamente houve 166 doações, taxa de 47,98%.

Eram 104 do sexo masculino e 62 do sexo feminino. A lista de espera estava em 766 pessoas que aguardavam doações de órgãos e tecidos humanos, a maior parte rim (442) e córneas (213).

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Doador deve comunicar o desejo para os familiares

Aceitar doar os órgãos de um ente querido pode ser muito difícil, mas é um gesto que salva muitas vidas. Uma única pessoa sendo doadora pode possibilitar até oito transplantes.

A campanha Setembro Verde, realizada ao longo do mês, tem o intuito de sensibilizar a população para a doação de órgãos e tecidos. Para ser um potencial doador, não é necessário deixar algo por escrito. Porém, é fundamental comunicar à família o desejo de doação.

É importante comunicar aos familiares sobre o desejo de doação porque uma das principais causas da não efetivação se dá pela negativa familiar. Quando a morte cerebral acontece há perda irreversível das funções vitais que mantêm a vida, como a perda da consciência e da capacidade de respirar.

O indivíduo pode ser um potencial doador de córneas, rins, fígado, coração, pulmão, pâncreas entre outros órgãos e tecidos. Os órgãos são retirados e utilizados para transplante. Ou seja, um único doador pode salvar cerca de oito vidas.

Também é possível ser doador em vida, sem comprometer a saúde. Nesses casos, a pessoa doa tecidos, rim e medula óssea. Ocasionalmente, também é possível doar parte do fígado ou do pulmão.

SC é um dos Estados onde mais se faz doações de órgãos

Mesmo com a pandemia de Covid-19, Santa Catarina teve um aumento de 15% em doações de órgãos nos primeiros cinco meses do ano em relação a 2019. De janeiro a maio de 2020, foram registradas 129 doações de múltiplos órgãos, 17 a mais do que o mesmo período do ano passado (112).

Neste ano, apenas no mês de março houve uma queda, se comparado aos dados de 2019. Foram registradas 34 doações em janeiro, 26 em fevereiro e 19 em março, mês marcado pelo fechamento de diversas atividades devido à pandemia.

O crescimento foi retomado em abril e maio, com 23 e 27 doações efetivadas. Vale lembrar que 2019 já havia sido um ano histórico neste quesito no Estado. Santa Catarina registrou 332 doadores efetivos em 2019, 45 a mais em relação a 2018.

O Estado também teve o melhor desempenho da história nos transplantes: foram 1.507 procedimentos, contra 1.217 registrados em 2018. A melhor marca até então era de 2014, quando SC contabilizou 1.386.

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