Jornalista: profissão e missão
A data que homenageia os profissionais que tem a missão de informar e conscientizar as pessoas sobre tudo o que acontece foi criada

Domingo, 7 de abril, Dia Nacional do Jornalista! É quando nós, jornalistas por opção e vocação, somos parabenizados pelo ofício que desempenhamos, apesar de grande parte das pessoas ignorar quais os desafios enfrentados no dia a dia.
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Aliás, você sabe quais são os requisitos para ser um bom profissional de mídia? Quais os fatores que definem um bom repórter, editor e chefe de equipe para garantir informações precisas à população?
O que se sabe, sem sombra de dúvida, a profissão que abracei com dedicação e paixão por três décadas, é uma das mais perigosas e estressantes do mundo!
Pois saiba que não basta sair a campo com bloco, caneta, celular, câmera fotográfica, filmadora, ou radiotransmissor para ser repórter, ou qualquer outro cargo na hierarquia do Jornalismo, independente da plataforma.
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Também não basta ter desenvoltura e carisma durante as entrevistas: É preciso preparo e empenho na busca criteriosa dos fatos.
Por tudo isso, pautar, apurar, escrever e informar fatos relevantes e verídicos exigem, cada vez mais, doses extras de atenção. Em suma: ir além das aparências!
Digo por experiência própria que “desconfiar é preciso”… A ordem é não se deixar levar pela vaidade (ou ingenuidade, especialmente no início da carreira) ao receber convites para festas e confraternizações promovidas por entrevistados frequentes.
Cuidados adicionais podem evitar que o jornalista se torne refém de uma fonte mal-intencionada (ou não tão confiável), em situações que possam comprometer a isenção profissional. É preciso ter em mente que o entrevistado enaltecido e sorridente de hoje pode ofender, desacreditar e até ameaçar você amanhã, caso seja denunciado, alvo de investigação, ou condenação. Esse é um dos desafios do jornalista: manter os pés no chão e o olhar permanentemente atento.
Em regimes autoritários, períodos de guerra e de acirradas disputas eleitorais, informação e contrainformação chegam à opinião pública de um lado e de outro, e os resultados podem ser muito desastrosos. Não por acaso, a Imprensa é apontada como o quarto poder, pela grande influência junto à opinião pública.
Em tempos de fake News, de adulteração de imagens e reprodução de vozes pela inteligência artificial, a responsabilidade em disseminar mentiras, ou meias verdades, aumenta ainda mais. Mais um desafio aberto aos jornalistas: a checagem junto a diversos órgãos e instituições para se conseguir informações precisas dos acontecimentos. Temos de lembrar que robôs também disseminam notícias falsas: os chamados spam bots. Vale reforçar que a responsabilidade em não pulverizar mentiras é de todos!
Por que o 7 de abril?
A data que homenageia os profissionais que tem a missão de informar e conscientizar as pessoas sobre tudo o que acontece foi criada pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI) em 1931. Foi criada para perpetuar na memória a atuação do jornalista, político e médico brasileiro Giovanni Battista Líbero Badaró, assassinado por opositores políticos em 21 de novembro 1830, aos 32 anos, em São Paulo.
A morte brutal de Líbero Badaró contribuiu para o início do movimento popular que conduziu à abdicação de Dom Pedro I do trono brasileiro, em abril de 1831. Portanto, o Dia Nacional do Jornalista passou a ser comemorado 100 anos depois da morte de Badaró. Além da homenagem, o Dia do Jornalista é um lembrete dos perigos que os jornalistas estão sujeitos no exercício da profissão, no Brasil e em todo o planeta, especialmente em regimes totalitários.
Quem foi Líbero Badaró?
Giovanni Battista Líbero Badaró nasceu em 1798 na cidade de Laigueglia, na Itália. Formado pelas universidades de Turim e Pávia, chegou ao Brasil em 1826, aos 28 anos, quando se estabeleceu em São Paulo e se ligou à corrente liberal que pregava a autonomia para o Brasil. Com isso, participou de lutas políticas ligadas à independência do Brasil.
Em 1829 fundou o periódico “Observador Constitucional”, onde denunciava os desmandos e excessos cometidos pelos governantes. Já no primeiro dia, escreveu: “Não devia vegetar no Brasil a planta do despotismo.” (Fonte:https://educacao.uol.com.br/biografias/libero-badaro.htm).
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Sônia Pillon
Sônia Pillon é jornalista e escritora, formada em Jornalismo pela PUC-RS e pós-graduada em Produção de Texto e Gramática pela Univille. Integra a AJEB Santa Catarina. Fundadora da ALBSC Jaraguá do Sul.