Jaraguá do Sul

Morre o último sobrevivente da explosão da fábrica de pólvora

Jaraguá do Sul se despede de um grande cidadão

13/07/2023

Pery Quirino da Cruz, conhecido como “Pery do Pandeiro”, teve seu nome reconhecido como fundador do primeiro bloco carnavalesco da cidade, o Unidos da Brasília e, também, por ser sobrevivente da explosão da fábrica de pólvora ocorrida em 6 de novembro de 1953.
O seu falecimento aconteceu às 22h10 de quarta-feira (12), aos 96 anos, deixando enlutados filhos, noras, netos, bisnetos, demais familiares e amigos. O velório acontece na capela mortuária da Vila Lenzi, local do sepultamento.

No dia 1º de novembro de 2013, por ocasião da inauguração do monumento no cemitério municipal de Jaraguá do Sul (Centro), em lembrança às vítimas da explosão da fábrica de pólvora ocorrida 60 anos antes, Pery da Cruz, como um dos sobreviventes, acompanhou. Tinha 86 anos.

Ao JDV, Pery contou que no fatídico dia trabalhava escavando um morro para fazer um depósito para guardar pólvora. Tinha 26 anos e disse que a poucos metros de onde estava, dois companheiros de trabalho morreram atingidos por madeiras da estrutura da fábrica.
Próximo havia uma lagoa que pela força do vácuo as águas subiram duas vezes. Ele próprio teve o corpo levantado e jogado ao chão pela força da explosão. “Foi terrível”, disse na entrevista. Morreram no ato 10 trabalhadores da fábrica Pernambuco Power Factory, mais 12 feridos, e prejuízos materiais elevados.

A cidade parou. O episódio completa 70 anos em novembro. Com a morte do último trabalhador sobrevivente da explosão da fábrica de pólvora, a história fecha mais um ciclo e Jaraguá do Sul perde uma testemunha ocular do acontecimento sempre lembrado.

 

 

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