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Política e Políticos – Voa, mas nem tanto

Celso Machado comenta também: estudo do Tribunal de Contas de SC aponta que, dos 295 municípios catarinenses, 153 (ou 52%) não têm um metro sequer de rede coletora

25/01/2024

Política e Políticos – Ficou para 5 de fevereiro o anúncio oficial do programa “Voa Brasil”, com passagens a R$ 200,00.

Diferentemente do que foi dito no calor dos palanques eleitorais, o número de passagens anuais será limitado e oferecidas apenas a aposentados do INSS (conforme o valor do benefício) e alunos bolsistas do Programa Universidade para Todos.

 

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Por outro lado, o governo vai criar um fundo de R$ 6 bilhões (dinheiro do BNDES) para socorrer empresas aéreas de passageiros.

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Passado de excelência

Usuários de voos regionais, um setor que já teve empresas de excelência como a Varig (que servia de churrasco a camarão a bordo), Vasp, Transbrasil, Cruzeiro, Panair e Real Aerovias, hoje se obrigam a optar entre a Latam, Gol e Azul. Todas com o pé no buraco, descumprindo regras, ignorando direitos.  Não é à toa que 70% dos processos atuais movidos por passageiros contra estas empresas correm no Judiciário brasileiro. Algo ao redor de R$ 1 bilhão.

 

 

CURTAS

*Um estudo do Tribunal de Contas de SC aponta que, dos 295 municípios catarinenses, 153 (ou 52%) não têm um metro sequer de rede coletora e tratamento de esgotos e, por isso mesmo, vai tudo “in natura” para os rios. No litoral, poluindo praias. Não é por acaso que o mais recente relatório do Instituto do Meio Ambiente, divulgado sexta-feira (19) aponte apenas 147 locais próprios para banho entre os 238 monitorados pelo órgão.

*A relação do acesso ao saneamento básico e a promoção da saúde em Santa Catarina, também objeto da pesquisa, mostra que no período analisado, de 2021, foram registradas em Santa Catarina 2.481 internações hospitalares por doenças gastrointestinais infecciosas, que custaram mais de R$ 1,1 milhão aos cofres públicos. Mesmo diante de um quadro caótico, e talvez por se tratar de “obra enterrada” o tema esgoto nunca sobe nos palanques eleitorais.

*“Você não pode multar o cara que está fumando maconha, você tem que prender. Porque a lei é clara. É crime. É passível de prisão”. O discurso é do prefeito João Rodrigues (PSD), de Chapecó, onde a Câmara de Vereadores analisa projeto de lei nos moldes do que já foi aprovado em Balneário Camboriú, com multa a quem for flagrado usando drogas em locais públicos.

* Multar drogados? E quem vai pagar? Prender maconheiros quando se tem as cadeias já com mais que o dobro da capacidade? Isso é típico de políticos que não têm nada melhor a propor. É a solução que os idólatras (deste tipo de políticos) querem ver disseminada nas tais redes sociais. Mas que em nada contribuem (ao contrário) na busca de saídas viáveis para tudo isso.

*No Sul catarinense o pequeno município de Pedras Grandes, com seus pouco mais de quatro mil habitantes, é apontado como o primeiro destino dos italianos que migraram para o Brasil. Já a lei estadual 17.536, de 2018, aprovada pela Assembleia Legislativa e sancionada pelo ex-governador Pinho Moreira (MDB) diz que isso ocorreu na Colônia Nova Itália, município de São João Batista.

*Porém, a lei federal 13.617, também de 2018 e sancionada pelo então presidente da República, Michel Temer (MDB), conferiu ao município de Santa Teresa (ES) o título de “Berço da Imigração Italiana no Brasil”. O que é contestado desde 2019 pela Associação dos Descendentes e Amigos do Núcleo Pioneiro da Imigração Italiana no Brasil.  Em tempo: 2024 marca os 150 anos da imigração italiana para o Brasil.

 

 

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O decimo sétimo

 

Em um ano e dois meses, 17 prefeitos catarinenses foram presos por crimes de corrupção apurados pelo Ministério Público em contratos mantidos com a antiga Serrana Engenharia (hoje Serrana Ambiental) para serviços de coleta e transporte de lixo e gerenciamento do sistema de água potável.

Mas todos respondem a inquéritos em liberdade e a maioria renunciou aos mandatos. Entre eles os ex-prefeitos de Guaramirim, Schroeder, Corupá e Massaranduba.

O 17º a ir para a cadeia (na quarta-feira,24) foi o ex-vereador e atual prefeito Douglas Elias da Costa (PL), de Barra Velha, acusado de desvios de recursos públicos. Os secretários Mauro Silva, de Administração e Finanças, e Élvis Fuchter, de Planejamento, também foram presos.

 

 

VIA BRASIL

*Depois de 20 anos no PSDB, Clenilton Pereira, prefeito de Araquari, deixa o ninho tucano rumo ao PSD. Reeleito em 2020 com 82,6% dos votos válidos, Pereira sai do esfacelado PSDB, para juntar-se a João Rodrigues (prefeito de Chapecó) e aos deputados Júlio Garcia, Darci de Matos e Napoleão Bernardes.

*O vice-prefeito, Ludgero Jasper Júnior (Republicanos), vai junto com Clenilton para o PSD. Aliás, Pereira tem pretensões de se eleger deputado estadual em 2026, porém, primeiro precisa consolidar de vez sua liderança no município elegendo Jasper Júnior como seu sucessor na prefeitura.

´*Aprovado em dezembro de 2023 pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado, um projeto de lei do senador Weverton Rocha (PDT/MA), prevê a redução da jornada de trabalho sem redução salarial quando isso for aprovado em acordo ou em convenção coletiva do trabalho. O que provocou movimento contrário da Associação Empresarial de Joinville.

*Em manifesto empresários reportam-se ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG), e aos senadores Esperidião Amin (PP), Jorge Seif (PL) e Ivete Appel da Silveira (MDB). A ACIJ alega que a CLT já prevê jornada parcial de 30 horas e que a Constituição permite jornada máxima de 44 horas semanais. A proposta, dizem os empresários, é “populista” ao transferir ônus às empresas sem contrapartida do governo federal.

 

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Mais lazer público

Com obras atrasadas há cerca de 11 anos, a Prefeitura de Blumenau tirou do papel, a um custo de R$ 29,9 milhões, projeto de reurbanização da margem esquerda do Rio Itajaí-açú (em trecho do centro da cidade) nos moldes de um parque linear. Como o fez a Prefeitura de Jaraguá do Sul com a consagrada Via Verde margeando o Rio Itapocu. Agora é a vez de Joinville investir na primeira etapa de um parque linear no entorno do Rio Cachoeira, que atravessa toda a região central. São novas áreas de lazer público, de contemplação, de resgates históricos em grandes centros urbanos “afogados” em “selvas” de concreto armado.

 

 

Política e Políticos – Chiodini com um pé em Itajaí

Política e Políticos – Chiodini com um pé em Itajaí

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Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

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