Jaraguá do Sul

Onda migratória faz aumentar cadastros de famílias nos CRAS

A secretária de Desenvolvimento Social e Habitação, Níura Demarchi dos Santos explica que as famílias vêm em busca de emprego e estabilidade, mas necessitam também de saúde, educação e emprego

29/09/2022

Jaraguá do Sul vive um movimento migratório semelhante ao ocorrido nas décadas de 1980 e 1990 quando recebia principalmente famílias vindas do Paraná, Rio Grande do Sul, Planalto e Oeste Catarinense, atraídos pela quantidade de empregos e melhores condições de vida. Agora, o fenômeno está se repetindo no pós-pandemia, com a chegada de migrantes venezuelanos, do Uruguai e das regiões Norte e Nordeste do Brasil e também do Sudeste, como Minas Gerais.

A secretária de Desenvolvimento Social e Habitação, Níura Demarchi dos Santos explica que as famílias vêm em busca de emprego e estabilidade, mas necessitam também de saúde, educação e emprego. “O primeiro local, a porta de entrada da assistência social é os CRAS. Temos sete localizados em regiões estratégicas da cidade e o do bairro João Pessoa é um dos mais procurados. Este ano, até 8 de agosto, 1.623 novas famílias procuraram os CRAS”, registra.

Deste total, a maior parte é do Norte e Nordeste, mas também venezuelanos e de outros países. Os técnicos dos CRAS verificam a situação de cada qual, orientam e encaminham. “A maior parte recebe de imediato o auxílio alimentação, criado pela Prefeitura no período pandêmico. Mas, cada qual tem diferentes demandas, incluindo documentação”, explica Níura.

O auxílio alimentação deve fechar o ano com investimentos de R$ 6 milhões. Em torno de 60 por centro dos benefícios concedidos pela assistência social são cobertos pela Prefeitura de Jaraguá do Sul e os demais pelo Estado e União.

 

ACOLHIMENTO – A secretária ressalta que o acolhimento é o primeiro passo quando os CRAS recebem as famílias, porque as maiorias proveem de regiões depauperadas, ou de poucas oportunidades de empregos e renda, ou instabilidade política e social, em busca de melhores condições de vida.

 

“As famílias chegam, mas têm muitas necessidades nas áreas social, de saúde e educação, muitas sem documentações e com poucas instruções para habilitarem-se aos empregos oferecidos e acabam recebendo a alimentação emergencial e muitas vezes apelam a subempregos para sobreviver. Cada situação é analisada com muito carinho pelos nossos técnicos, tratada como prioridade”, garante.

 

Níura diz que os chefes de famílias, jovens e também mulheres são orientados a participar de cursos de qualificação, para adequarem-se às exigências das empresas. “Empregos existem, como também muitos cursos gratuitos para qualificar a mão-de-obra, seja para migrantes ou não, oportunidades abertas pelas empresas de todos os portes e diferentes atividades”, completa.

 

Leia mais – Cadastro Único tem mais de 9 mil famílias de baixa renda inscritas

 

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