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A esclerose múltipla não tem cura, mas pode ser controlada.

A doença atinge mais pessoas de 20 a 40 anos e mais mulheres (2 a 3 mulheres para cada homem)

24/05/2021

Dia 27 de maio é o Dia Mundial da Esclerose Múltipla (EM) uma doença inflamatória e degenerativa, provavelmente autoimune (quando o sistema imunológico ataca o próprio organismo) que produz incapacidade física progressiva.

A EM ocorre em episódios ou surtos, que ocorrem com meses ou anos de intervalo e afetam diferentes localizações do sistema nervoso central. Por exemplo, se as lesões cerebrais forem mais no córtex visual, as queixas começam pela visão. Se forem no cerebelo, os sintomas se apresentarão como problemas na coordenação motora e ou no equilíbrio. Dependendo da parte do cérebro e ou medula afetada pelas lesões, as funções correspondentes às áreas afetadas apresentarão os sinais da doença.

A doença atinge mais pessoas de 20 a 40 anos e mais mulheres (2 a 3 mulheres para cada homem). Pessoas de cor branca também têm chance maior de desenvolver a esclerose múltipla.  No Brasil, apenas 30% dos pacientes com EM são negros.

Não existe uma causa clara ou única para o desenvolvimento da EM, ela é uma doença multifatorial, supostamente desencadeada por uma interação de fatores genéticos e ambientais.

Os principais sintomas são:

  • Fadiga anormal e fraqueza muscular;
  • Alterações na fala e na visão;
  • Sintomas relacionados ao equilíbrio, mobilidade e coordenação motora;
  • Dor e alterações na sensibilidade;
  • Alterações no funcionamento de intestino e bexiga;

A esclerose múltipla não tem cura, mas pode ser controlada.

Os tratamentos buscam diminuir a atividade inflamatória e os surtos ao longo dos anos.

Hoje, no Brasil, já existem diversas opções de tratamento, através de cápsula oral diária ou injeções diárias, semanais e mensais, além do uso de vitamina D. O tratamento alivia os sintomas, mas o mais importante é o que reduz os efeitos das lesões do cérebro e da medula.

Há uma constante pesquisa na busca do tratamento ideal para evitar os sintomas incapacitantes e a dependência das pessoas.

A ciência, até hoje, procura com insistência a cura da doença.

Por

Médico Neurologista, Deputado Estadual SC e Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência

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